quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Serviço de utilidade pública: Conheça Carlos Marighella.







Serviço de utilidade pública:


Conheça Carlos Marighella.


Para poder cumprir a sua missão de entregar o Brasil ao sistema financeiro internacional e molhar a mão dos aliados entreguistas – lhes garantindo impunidade e prestígio - e para reforçar a opressão ao trabalhador - a ditadura militar cassou, perseguiu, torturou e exterminou todos os políticos honestos do país.

Fora da política, também perseguiu, torturou e exterminou todos os cidadãos e cidadãs valentes, esclarecidos, bem informados, e conscientes. 

Assim, os brasileiros dignos, destemidos e honrados foram substituídos por esses sub vermes que vemos hoje,  na política se locupletando nos poderes executivo, legislativo e judiciário;  por empresários ladrões e por alienados robôs histéricos, alienados e desinformados, que batem panela e se imolam ao terrorismo nazi capitalista - inocentes úteis dos interesses do capital externo, sujeitando-se ao papel de massa de manobra, de bucha de canhão dos espoliadores.

Diante de tanta canalhice dos sub vermes, propinando na política, deseducando o nosso povo com péssimos exemplos de desonestidade e de mau caratismo, que nos envergonham e nos agridem no presente; diante da lama e do lixo que vêm do topo, homenageamos cidadãos exemplares do passado recente, heróis e mártires da democracia, da justiça e da liberdade, que precisam ser conhecidos, reconhecidos e tomados como exemplo pelas novas gerações.


O homenageado de hoje é Carlos Marighella, assassinado covardemente numa emboscada, sem chances de defesa, por ser o líder da luta armada, para nos livrar do golpe militar imperialista e nos devolver a liberdade e o estado democrático de direito. 


https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Marighella


MARIGHELLA

                                                                                   (Mateus 10 - 34,36)


Não venho trazer a paz,
A paz que se traz eu não tenho.
Venho com minha espada, 
Encontrar povo guerreiro,
Separar a falsa família,
Incendiar o mundo inteiro.

Para fazer tudo de novo,
Um mundo sem ódio, sem guerra,
Sem donos de gente e de terra,
Sem escravos e sem patrão.

Onde viver seja o caminho,
De trocar nosso carinho,
Seguindo em união,
Com um deus que seja amigo,
Com perdão e sem castigo
E que a ninguém falte abrigo,
Nem trabalho, nem chão.

Venho com a minha espada
E coberto de razão,
Dividir do banqueiro a grana,
Para separar o pobre da lama
E o medo do coração.

Não tenho medo da luta,
Por maior que seja o perigo,
No perigo tenho cuidado,
Medo não anda comigo.

E quando a morte chegar,
Vai me achar bem acordado,
Ou dormindo, já descansado,
Depois de muito lutar.

Mas nunca vai me encontrar,
Sofrendo e sendo explorado,
Calado para a injustiça,
Vivendo na solidão,
Cabelo bem penteado,
Morrendo por um tostão.

Não tenho medo da morte,
Maior do que a morte é a vida,
Pior é viver explorado
Uma vida inútil e sofrida.







sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Serviço de Utilidade Pública. Conheça Eudaldo Gomes da Silva




Serviço de utilidade pública

Conheça Eudaldo Gomes da Silva

Para cumprir a sua missão de entregar o Brasil ao sistema financeiro internacional e internamente molhar a mão dos oligarcas aliados entreguistas, instituindo a impunidade seletiva, e para reforçar a opressão ao trabalhador - a ditadura militar cassou, perseguiu, torturou e exterminou todos os políticos honestos do país e, fora da política, também perseguiu, torturou e exterminou todos os cidadãos e cidadãs valentes, esclarecidos, bem informados, e conscientes, para substituí-los por esses sub vermes que, na política, se locupletam nos poderes executivo, legislativo e judiciário e, fora da política, por alienados robôs histéricos, desinformados, que batem panela e se imolam ao imperialismo nazi capitalista, inocentes úteis dos interesses do capital externo, no papel de massa de manobra, de bucha de canhão dos espoliadores internacionais.

Diante de tanta canalhice dos sub vermes propinando na política, deseducando o nosso povo com péssimos exemplos de indignidade e de mau caratismo, que nos envergonha e nos agride no presente; diante da lama e do lixo que vem do topo, homenageamos cidadãos exemplares do passado recente, heróis e mártires da democracia, da justiça e da liberdade, que precisam ser conhecidos, reconhecidos e tomados como exemplo pela novas gerações.

O homenageado de hoje é Eudaldo Gomes da Silva e seus companheiros mortos na luta armada, para nos livrar do golpe militar imperialista e nos devolver o estado democrático de direito e a liberdade. 





Eudaldo Gomes da Silva


http://cemdp.sdh.gov.br/modules/desaparecidos/acervo/ficha/cid/224



 ARAGUAIA, ADEUS.


Para Eudaldo e para os nossos colegas do 
Colégio 2 de Julho, seus companheiros de guerrilha, todos mortos na luta armada, para nos livrar do golpe militar imperialista e nos devolver o estado democrático de direito e a liberdade.


Repicam sinos caprichosamente

à luz difusa da pálida alvorada

bravo sangue sorrateiramente

inunda a lama úmida e apagada



da bruma acesa o silêncio vaga

e assoma o espaço, os campos de batalhas

pássaros tangem trapos coloridos

e vão tecer no alto ninhos de mortalhas.



ainda ouço o eco de seu pisar vibrante

velhos e jovens graves que por aqui passaram

romperam a noite em facho como um rio aceso

pela floresta escura onde se apagaram


para mostrar que honra é um valor eterno

como eterno é o medo dos que nunca lutaram.


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Caras pintadas e panelas amassadas.





Os meios patronais brasileiros de comunicação de massa, todos eles, numa ação planejada e monitorada pelo seu principal financiador e mantenedor, no exterior, pauta as suas informações e opiniões no sentido de desviar a atenção de seus leitores, ouvintes e telespectadores - analfabetos funcionais na maioria, segundo o IBGE - das grandes questões do nosso país, para se ater a fofocas e intrigas menores, próprias e naturais de todo sistema capitalista colonial.

Por exemplo, a grande questão da dívida externa, comprovadamente fraudada, indevida, ilegal e inconstitucional na sua contratação, não é pautada. Enquanto isso, a metade de todo nosso dinheiro no Tesouro Nacional é desviado para pagar banqueiros internacionais, parceiros nesse crime de governantes e ex governantes brasileiros, a partir da ditadura militar. 

Só neste ano de 2015, estamos pagando, indevidamente, a banqueiros e aos seus políticos no país, mais de três bilhões de reais por dia - por dia - todos os dias / todos os dias / o que equivale a 22 mensalões diários; 22 mensalões diários!

Igualmente importante quanto à questão de dívida externa, porém ainda mais grave, é a questão das nossas reservas de nióbio, que estão sendo entregues ou contrabandeadas para o exterior.

O nióbio é o mais raro, caro e importante metal do planeta. Ao lado dele, o ouro não passa de latão. O nióbio é o metal mais resistente e imune a grandes e bruscas variações de temperatura, com infinitas aplicações industriais, como em foguetes espaciais, aviões supersônicos, veículos de alta velocidade, equipamentos nucleares, e em qualquer produto que exija alta resistência e o máximo desempenho da liga feita com este metal.

O Canadá se dá ao luxo de não depender da arrecadação tributária, que é baixíssima, para seus investimentos sociais em infra-estrutura, assistência médica, transporte público e educação de ponta, utilizando apenas os recursos decorrentes da exploração do seu nióbio, que corresponde a apenas 2% das reservas mundiais.

Com mais de 97% das reservas mundiais de nióbio, os governos brasileiros assistem à exploração predatória de uma pequena parte, exportada para paraísos fiscais não consumidores, a preços subfaturados e com incentivos fiscais, e de lá vendido aos consumidores à preço de mercado, preço este estabelecido pela Inglaterra, que não possui uma grama de nióbio em seu território.

Todo lucro, 100% do lucro com a exploração “legal” do nióbio brasileiro é remetido ao exterior, porque a Lei de Remessa de Lucros e royalties ao exterior, sancionada em 1963 por João Goulart, que limitava a remessa de lucros e royalties ao exterior a 6% ao ano, foi revogada, na década de 90, por Fernando Henrique Cardoso; revogação esta, que de tão nefasta aos interesses nacionais, foi embutida, como a salsicha do cachorro quente, numa lei tratando de outro assunto.  

Todavia, a maior parte do nióbio brasileiro é contrabandeada para o exterior, sob o olhar cúmplice e complacente dos nossos governantes.

Você já leu, ouviu, ou viu alguma coisa sobre essas questões na imprensa patronal brasileira?

Afinal, por que motivo vamos às ruas passear ou acampar de cara pintada e bolso vazio? E por que razão, enfim, gemem de dor as nossas panelas?

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Crime de Responsabilidade










Dilma Rousseff foi torturada?
-Foi.


Ela defendeu o Brasil contra o desastre humano, moral, social e institucional que foi a ditadura militar de 1964?
-Defendeu e arriscou a própria vida nessa defesa heroica.


Agora queremos saber se o seu passado digno lhe dá direito de hoje entregar o Brasil e o seu povo ferido à voracidade assassina do capital privado Internacional?


Pois é exatamente o que a presidente Dilma Rousseff e o vice presidente, Michel Temer, fazem, em criminosa cumplicidade; ela ao assinar e o vice ao concordar com o Decreto que considera desastre natural o rompimento da barragem em Mariana. Desastre anunciado e denunciado por moradores, bem antes da tragédia ser consumada, sem que qualquer providência preventiva fosse tomada pelas empresas ou pelo governo. Mentira agravada pela mesma denúncia de que outras barragens, ainda maiores, correm risco real de desabamento e, mais uma vez, providencia alguma é tomada pelas empresas e pelo governo, a não ser a de considerar legalmente  este crime premeditado de desastre natural, para facilitar na justiça a omissão de socorro e reparação por parte das empresas responsáveis.


E isto foi feito para isentar o governo e as empresas responsáveis pelo desastre ambiental de socorrerem imediatamente as vítimas, como é dever constitucional do Estado, que transfere, com o Decreto 8.572/2015, a responsabilidade da necessária reparação imediata para quem sofreu o dano, e por prorrogar criminosamente a assunção da responsabilidade criminal, civil e ambiental pelo desastre, por parte dos causadores da tragédia, a maior empresa multinacional de mineração do planeta e a maior empresa privada de laranjas brasileiros, no ramo da mineração. 


E este é o maior desastre criminoso já ocorrido em nosso país, em consequência da usura do lucro a qualquer preço e da garantia de impunidade, que todos os governos brasileiros oferecem a quem espolia o Brasil e nos sacrifica até a morte.


Por dolo e má fé, o FMI exigiu e governantes entreguistas concordaram com a inclusão na Lei de Responsabilidade Fiscal da exigência do superavit primário nas contas públicas, como garantia do pagamento prioritário dos juros e amortizações da dívida externa indevida, em detrimento de quaisquer outras despesas, inclusive as de socorro a vítimas de tragédias. Por essa razão, o atual governo se sujeita à humilhação acachapante de transferir às próprias vítimas da tragédia o ônus do socorro e da ajuda humanitária e sem autoridade moral para exigir que as empresas cumpram imediatamente o seu dever de indenizar as vítimas e de reparar os danos que causaram.


Em defesa do povo brasileiro e no interesse soberano do Brasil, exigimos imediato socorro financeiro às vitimas do desastre e reparação pelos danos morais e patrimoniais sofridos, decorrentes da tragédia e reparação, também, pela demora em socorrer e indenizar as vitimas; a revogação do Decreto 8.572/2015 e o impedimento constitucional da presidente da republica, do seu cúmplice, o vice presidente, por crime de responsabilidade, e a cassação do mandato do presidente do Congresso Nacional, Eduardo Cunha, por falta de decoro parlamentar provado.


E que se cumpra a lei, para punir severamente, criminalmente, os responsáveis pelas mortes humanas e ambientais, decorrentes da tragédia de Mariana.


Nas gavetas da justiça brasileira dormem o relatório parcial da CPI Constitucional da Dívida Externa, assinado pelo Senador Severo Gomes, e o Relatório de Auditoria da Dívida Pública, que provam ser ilegal e indevida a maior parte da dívida pública do país, fruto do conluio entre  governantes brasileiros e banqueiros internacionais.


Com base na lei e nas provas levantadas, exigimos que o presidente do Supremo Tribunal Federal, no exercício da presidência da república, determine a imediata suspensão do pagamento da dívida pública e que promova, mediante auditoria, o levantamento da parte da dívida que for devida e negocie o seu pagamento em condições justas, honestas, ou a reclamação da sua improcedência nos tribunais internacionais.   


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Contextualizando os protestos: o genocídio por trás do petróleo.





World MegaMap 1:20 Wall Map, Laminated Educational Poster Pôster laminado



Um notável exemplo de manipulação dos fatos e da informação pela mídia patronal golpista – que domina a ciência de transformar mentiras, boatos, denúncias infundadas, na mais pronta e definitiva verdade, para formar a opinião pública - acontece simultaneamente no Brasil e na Venezuela.


Um trabalho bem concatenado dos meios patronais de comunicação de massa, resultando num surto de histeria popular coletiva, plena de ódio de classe, indignação e intolerância, pipocando nos países alvos do imperialismo norte americano, exatamente como aconteceu, sem sucesso, na Venezuela, em 2002; em Honduras, com sucesso, em 2003; no Paraguai, com sucesso, em 2012, no golpe parlamentar de estado, que depôs o presidente eleito pelo voto popular e, em 2014, sem sucesso, na Bolívia.


Neste contexto está o atual delirante surto popular brasileiro - contra o governo, contra o ex-presidente, contra a presidente, contra os corruptos e contra a corrupção – ocorrendo, ironicamente, enquanto o governo empreende operações bem sucedidas de combate à corrupção, atingindo os maiores empresários da construção civil no país; dirigentes, ex dirigentes e funcionários de estatais; políticos e pessoas ligadas ao partido no governo, muitos deles indiciados, julgados e condenados sem mais delongas. Fato inédito na História do Brasil.


Desde a chegada dos invasores portugueses, a História do Brasil registra que o país é governado por oligarquias entreguistas, servindo aos interesses do imperialismo estrangeiro. Oligarquias insaciáveis que se alimentam e incham com a corrupção, a exploração e a mentira.


Como sabemos, o apogeu do ataque do capital privado estrangeiro às riquezas do Brasil deu-se recentemente, no governo oligárquico elitista de Fernando Henrique Cardoso, que fez um acordo espúrio com os banqueiros de Wall Street, ressuscitando uma bilionária dívida pública, prescrita, e entregando ao capital privado as maiores, melhores, mais rentáveis e estratégicas empresas estatais do país, à preço de banana.


Isto tudo sem que um só grito, uma só voz de protesto, repercutisse na mídia patronal ou no coração revoltado da classe média. Eram os tempos áureos da impunidade e do engavetamento das denúncias de corrupção.


Apostando na continuidade de seu reinado, os elitistas anunciaram, para o governo seguinte, as privatizações da Petrobrás, da exploração do petróleo brasileiro, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, como exige o imperialismo norte americano


Por  sua vez e também apostando na continuidade do estilo neoliberal de governar, os eleitoralmente vitoriosos governos do PT mantiveram, na essência, a mesma política dos governos anteriores, mas ousaram inovar, introduzindo mudanças na forma de governar, que despertaram a ira do imperialismo norte americano.


As novidades foram alguns impulsos de soberania e não alinhamento automático aos interesses de Washington; o combate à corrupção e à impunidade dos ricos; sólidos investimentos no ensino público e na assistência médica; o fim do arrocho salarial e drástica redução do desemprego, o que excluiu o Brasil do Mapa da Fome Mundial, monitorado pela FAO, e retirou mais de quarenta milhões de brasileiros da miséria, expandindo o mercado interno do Brasil.


Mas a pior novidade de todas, aos olhos raivosos da águia do imperialismo, foi a não privatização do Pré Sal e da Petrobrás. 


Por que?


Antes de mais nada, porque os Estados Unidos são os maiores consumidores de petróleo do mundo e obrigados a importar 60% do petróleo que precisam.


E por que esse ódio imperialista norte americano contra os governos soberanos da América Latina, especialmente o governo popular bolivariano da Venezuela e o timidamente soberano neoliberalismo populista do Brasil?


Por causa do petróleo!


Sozinha, a Venezuela tem as maiores reservas petrolíferas do mundo e somadas as do Pré Sal e as da Bacia de Campos do Brasil, as reservas de petróleo desses dois países ficam imensas.


Mas Brasil e Venezuela tem muito mais em comum. Tem meia dúzia de ricos usurários e governos plutocratas.


Têm a classe média de grandes assalariados e autônomos remediados; tem a classe média de médios assalariados e autônomos endividados e tem a classe média dos baixos assalariados e pequenos autônomos, comendo o pão que o diabo amassou, para ostentar pose e aparência de rico.


E todos esses classe média andam de carona na plutocracia, vivendo na ânsia de ficar ricos e acumular fortuna, como os ricos plutocratas.


A maioria das pessoas ricas, das remediadas, das endividadas e das freguesas da padaria do diabo, são autenticas crias do individualismo competitivo do capitalismo colonial, pessoas errantes, sem pátria, competitivas, não solidárias, sem amor ao próximo, com o coração programado e configurado para só amar e desejar o que vem do estrangeiro, a viver para tudo que tem e vem de lá; de lá do primeiro mundo imperial dos ricos de verdade. E é uma paixão tamanha pelos bens e valores importados, que os predispõe a ser espiões dedicados ao imperialismo, traindo o país onde nasceram.


Na Venezuela, o chamado de Pacto do Ponto Fixo, em 1958, uniu as oligarquias filiadas ao partido Ação Democrática e ao COPEI, Comitê de Organização Política Eleitoral Independente, num acordo de governo elitista, que durou 40 anos.


Nesse período, o povo venezuelano ficou completamente sem voz e sem vez no governo e as oligarquias governaram visando os seus interesses e os interesses imperialistas dos Estados Unidos, para quem entregavam petróleo a preços inferiores ao de mercado.


Esse período de extrema repressão e pobreza vivido pelo povo venezuelano, culminou com a revolta popular de 1998 chamada Caracazo. O governo reprimiu o Caracazo, ordenando que as forças armadas atirassem contra os manifestantes, assassinando mais de 3 mil pessoas em menos de 1 semana.


Um dos militares que se recusou a atirar contra o povo, Hugo Chaves, liderou uma revolta popular, intentando um fracassado golpe de estado, mas logo em seguida venceu as eleições presidenciais de 1998, introduzindo no país um governo democrático, de maioria verdadeiramente popular.


Pela primeira vez na história venezuelana, o povo se viu representado no governo e numa Assembléia Constituinte, que consolidou a primeira Democracia Participativa da Venezuela, revolucionando o país.


A pobreza foi reduzida dos 54,2% em 1998, para 23,99% em 2012. A mortalidade infantil diminuiu, nesse mesmo período, em mais de 50% e o analfabetismo foi erradicado.


Com mais de 21% do orçamento público destinado à saúde e à educação, o povo passou a ter assistência médica digna e o número de alunos matriculados nas universidades cresceu de 800 mil, para mais de dois milhões e seiscentos mil.


Vendo seu poder na Venezuela ser reduzido a mais nada e a sua hegemonia na região seriamente ameaçada, os Estados Unidos tentaram várias vezes derrubar o governo socialista bolivariano da Venezuela. Sempre empregando as mesmas fórmulas: ou através de golpe militar, corrompendo as forças armadas, ou através de golpe civil, usando a influência das oligarquias, juntamente com a manipulação midiática, no país e no exterior, para mobilizar as classes médias em manifestações de rua.


Em 2002, tentaram sem sucesso um golpe militar. Em 2003 tentaram o golpe através de Guerra Econômica, com as elites boicotando a economia, para provocar o desabastecimento, novamente sem sucesso, porque o povo venezuelano reconhece e defende o seu governo!


Depois de tanto fracasso, está em curso agora uma nova tentativa de golpe, desta vez na nova fórmula chamada de Golpe Suave, através do recrudescimento da guerra econômica, provocando a escassez de produtos básicos, mediante o boicote da indústria e do comércio privados e o contrabando para  a Colômbia de produtos subsidiados pelo governo popular bolivariano. E em cima disto tudo, a manipulação midiática, que transforma pessoas em robôs rebeldes, sem causa e sem noção, usados como massa de manobra, em agitações de rua.



No Brasil, o imperialismo norte americano corrompeu as forças armadas brasileiras, vendendo o fantasma do comunismo, para impor a ditadura militar de 1964, que uniu as oligarquias filiadas à UDN e PSD, num acordo de governo elitista, que durou mais 40 anos de sofrimento, de censura, de arrôcho salarial, de desemprego e de tortura para o povo brasileiro.


Nesse período, o povo ficou completamente sem voz e sem vez no governo e as oligarquias governaram tranquilamente, visando os seus interesses particulares e os interesses imperialistas norte americanos, para quem entregavam as nossas riquezas e as nossas melhores estatais à preços de banana.


Esse período de extrema repressão e pobreza vividos pelo povo brasileiro, culminou com a eleição do Partido dos Trabalhadores, em 2002, graças às promessas de campanha de um governo socialista, voltado prioritariamente para os interesses do povo.


Promessa logo quebrada nos primeiros dias de governo, quando o presidente Lula passou a seguir a cartilha neoliberal dos governos anteriores, reduzindo e extinguindo direitos de trabalhadores e de aposentados, visando unicamente os interesses da minoria rica, dos especuladores e dos banqueiros nacionais e internacionais. E continuou pagando a parte fraudada da dívida pública, sem auditá-la, contrariando o que determina a Constituição em vigor.


Todavia, muito esperto, Lula deu conotação populista ao seu governo elitista, oferecendo esmolas aos pobres e miseráveis do país, na forma de programas sociais como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Luz para Todos.


Também o governo Lula aliviou o arrocho salarial, passando a corrigir anualmente o salário mínimo acima da inflação, aumentando o seu poder de compra, promovendo uma política arrojada de criação de novos postos de trabalho com carteira assinada, reduzindo drásticamente o desemprego de mais de 18% para menos de 6% da população economicamente ativa.


Essas providências foram suficientes para retirar da miséria mais de 40 milhões de brasileiros; expandir o mercado consumidor; impulsionar a economia interna e excluir o Brasil do Mapa Mundial da Fome, monitorado pela FAO.


Mas os governos do PT foram mais além com Dilma Rousseff na presidência da república.


Com Dilma na presidência da república, o combate à corrupção e à impunidade dos ricos recrudesceu, a ponto de mandar para a prisão os maiores empresários da construção civil. Igualmente, a possibilidade de privatização do Pré Sal e da Petrobrás foi definitivamente afastada, com a promulgação de leis de proteção ao patrimônio público e de investimentos vigorosos na estatal do petróleo e no Pré Sal.


Pela primeira vez na História do Brasil, um partido político no governo federal combate a impunidade e a corrupção dos ricos, principalmente no âmbito do seu próprio partido governante.



Vendo seu poder e influência no Brasil ser reduzido drasticamente e a sua hegemonia na região seriamente ameaçada, os Estados Unidos tentam derrubar o governo neoliberal populista do PT, utilizando os seus meios habituais, contando com o apoio das oligarquias entreguistas, simultaneamente com a manipulação midiática, dentro e fora do país, para mobilizar a classe média em manifestações de rua, respaldando um golpe de estado parlamentar, como fez no Paraguai do presidente Fernando Lugo, também eleito pelo voto popular.


Trata-se apenas de mais uma tentativa de golpe do imperialismo norte americano contra o Brasil, muito parecida com o Golpe Suave, que está sendo aplicado na Venezuela.


Ambos os países sangram com o recrudescimento da guerra econômica; com o aumento de preço de produtos básicos; com o boicote da indústria e do comércio privados, reduzindo investimentos e fechando de postos de trabalho e com a recorrente manipulação midiática, que transforma pessoas em robôs rebeldes, sem causa e sem noção, usados em agitações de rua e nas redes sociais.


E por que esse imenso ódio ianque, precisamente contra os governos do Brasil e da Venezuela?



É sempre pelo mesmo motivo estratégico: o petróleo!


Como sabemos, as maiores reservas de petróleo do mundo estão localizadas na Venezuela e no Pré Sal brasileiro.


Os Estados Unidos são os maiores consumidores de petróleo do mundo e são obrigados a importar 60% do petróleo que consomem.


Atualmente, os Estados Unidos compram da Arábia Saudita, do Catar e dos Emirados Árabes Unidos a maior parte do petróleo que necessitam. Petróleo que fica caríssimo, porque ele fica muito distante dos Estados Unidos. Mas é usando esses parceiros submissos no Oriente Médio, que os Estados Unidos tentam controlar e controlam todo o petróleo da região.


Com esse intuito, brigam com o Iran; invadiram o Iraque, depondo e assassinando Sadam Hussein, provocando a destruição do país, com o assassinato de centenas de milhares de civis; fomentam e participam da guerra civil na Síria, para depor o presidente soberano, confirmado no poder pelo voto popular, político  não alinhado, Bashar Afez al Assad, provocando a morte de centenas de milhares de civis; promoveram o recente golpe de estado na Líbia; usam interesses comuns com o Estado terrorista de Israel, para realizar o genocídio na Palestina e financiam agitações populares em toda região.


O petróleo que os Estados Unidos compram e saqueiam do Oriente Médio, vem através do Estreito de Ormuz, contornam o sul da África e seguem pelo Oceano Atlântico até o Texas. Uma viagem que dura entre 40 e 45 dias, tornando o valor do frete insuportavelmente caro e o transporte demorado.


Enquanto que a viagem da Venezuela ao Texas dura apenas 4 ou 5 dias e do Brasil ao Texas entre 9 e 11 dias.


É esta a importância da Venezuela e do Brasil na geopolítica estratégica e vital dos Estados Unidos.  


É isto que está por trás de toda truculência com que o governo norte americano ataca os governos democráticos populares da Venezuela e do Brasil, como invade e destrói nações, assassinando centenas de milhares de homens, mulheres e crianças, no Oriente Médio.  


Esta é a verdade nua. O resto é mentira da mídia patronal golpista, que defende os interesses imperialistas; mentira que faz a cabeça e é repetida histericamente por centenas de milhares de robôs.




terça-feira, 14 de abril de 2015

A revolução dos batedores de panelas, ou o golpe dos paneleiros.






As cidadãs e os cidadãos, carinhosamente apelidados de “coxinhas”, estão indignados com o governo do PT e ainda mais indignados estão com a duas vezes presidente eleita Dilma Rousseff.

A indignação é tamanha que os coxinhas fazem das manifestações de rua uma rotina obsessiva em suas vidas de politicamente derrotados.

E lhes sobram razões para tanta e tamanha indignação e protestos. Afinal, os coxinhas sentem-se aparentemente mais próximos do topo do que da lama, portanto estão, com justa razão, muito ameaçados por governos que, pela primeira vez na História do Brasil, enfrentam e combatem a corrupção de frente e pra valer, batendo forte nos grandes larápios do topo, os velhos impunes do passado, em vez de ficar brincando de picula com os trombadinhas, como se estava acostumado assistir.

Fora isso, o que se vê é a ancestral luta pelo poder.  Habituados e preservados por mais de 500 e tantos anos de governos elitistas no Brasil, que assegurava aos pobres o seu lugar cativo na pobreza, os coxinhas viviam saciados e satisfeitos. Aí veio Lula e inventou o neoliberalismo populista, óbvio que de comum e fraternal acordo com o Consenso Perpétuo de Washington.

E o liberalismo populista é uma invenção fantástica, que deixa em polvorosa a toda poderosa mídia patronal de comunicação de massa e os seus leitores, ouvintes e telespectadores robôs, porque esse tal de neoliberalismo populista de Lula e Dilma agrada tanto quem manda no país, quanto empolga a maioria que vota e faz a festa e a farsa da democracia. Essa mesma maioria que antes do PT vivia na lama.

O neoliberalismo populista só não agrada os coxinhas, acostumados que estavam ao elitismo, que confinava a maioria pobre na senzala, na favela e na lama. Coxinha detesta conviver com a nova realidade brasileira de pobre viver quase como gente, de favelas urbanizadas, de favelados quitando casa própria, comprando carro, viajando de avião, com filhos em universidades, curso superior e em empregos melhores do que os de seus filhos. Essas aberrações petistas tropicalistas.

Logo, só lhes resta mesmo o caminho do golpe, para derrubar a presidente bi eleita pelo voto direto universal, como fizeram com Jango Goulart, no último ano 64, de tão triste memória; porque o caminho do golpe é o único caminho para quem jamais chegará ou voltará ao poder pelo voto popular. Se não, era só esperar mais um pouquinho pelo confronto arrasador entre Lula e Aécio.

Mas, principalmente, o golpe é agora a única maneira de acabar com o combate implacável à corrupção e garantir o retorno dos tempos históricos de corrupção livre e impunidade seletiva no topo.

No mais, coxinha é coxinha; nós somos nós e estamos felizes de ver tudo como está e como nunca esteve e não pagamos o mico de sovar as nossas panelas. Mas ninguém é melhor ou pior do que ninguém. Estamos no mesmo barco!