quinta-feira, 31 de maio de 2012

Esta é a nossa República Federativa do Brasil.



Por Cly Loylie

Uma República Arcaica, de propriedade de poucas famílias, de Cidades decadentes frutos desta política criminosa que desvia recursos com o suporte da Justiça, que não vê o pobre, mas enxerga o rico e é parte fundamental da engrenagem deste sistema criminoso que tem que acabar.

Esse negócio de que a CORRUPÇÃO faz parte da cultura da política brasileira é slogan de MAFIOSOS, que se utilizam deste argumento para prosseguirem roubando a nossa nação. Não, não e não!

Nós não podemos aceitar que o político brasileiro seja um ser corrupto por natureza. Vejam como eles estão deixando as nossas cidades? A Cidade de Salvador fica pior a cada ano que passa. Que perspectiva terão as nossas vidas nesta bela cidade? Como poderemos viver e educar os nossos filhos e netos em uma cidade selvagem ausente de poder público e aonde o crime compensa?

Que progresso esses políticos veem construindo para as nossas vidas e da nossa cidade? Aonde está a evolução da sociedade baiana, soteropolitana? O que este governo tem feito pelos cidadãos honestos e pagadores de impostos?

Estamos em 2012. O Futuro chegou e o Brasil, a Bahia, e a Cidade de Salvador pararam no tempo. Essa classe política vive presa ao passado, precisamente, no século XIX. Será se todos nós, soteropolitanos, baianos e brasileiros, iremos deixar que essa quadrilha de políticos bandidos e mafiosos condene o nosso futuro e das nossas famílias se apropriando dos Estados, das Cidades como se fossem Capitanias Hereditárias para servir às suas próprias famílias?

Gente, o futuro já chegou! Usamos a internet mais cara do mundo, a gasolina mais cara das Américas, a energia mais cara do mundo, a água mais cara do mundo... E somos autossuficientes em tudo! Que evolução é essa? A cidade de Salvador parou, as pessoas não tem mais como ir de um lugar para outro por causa da incompetência dos gestores desta cidade. Nós não estamos evoluindo em qualidade de vida. A cidade de Salvador, capital do Estado da Bahia, e a primeira Capital da República está cada vez mais pobre e desumana.

Os gestores públicos transformaram a cidade de Salvador em uma Cidade Mictório. Uma cidade fétida, mijada e cagada. A qualidade de vida em Salvador caminha para trás. Tudo por conta de um governo mentecapto que quer vender mais carros para salvar indústrias que mais poluem o nosso planeta. Carros que irão ocupar mais espaços nas ruas das cidades preparadas para carroças e carruagens. Aonde esses carros irão andar?

O PT sindicalizou a república. Sindicatos defendem horário de comércio, horário de bancos, horário para serviços formais e informais, horários para atendimento médico, horários extras... proíbem o trabalho noturno, trabalhos aos feriados, trabalhos aos Domingos, parece síndrome de pânico. Sindicalismo voltado para fazer política contra o trabalho é coisa do século XIX. Sou a favor da liberdade de horário comercial. Não podemos mais aceitar que nos digam que horas temos que trabalhar.

Se Nova York não ficasse aberta à noite, esta cidade pararia durante o dia. Os shoppings abertos durante a noite, os mercados, escritórios e bancos irão gerar mais postos de trabalho, mais renda per capita para todos e pulverizaria a locomoção de veículos e pessoas distribuindo melhor os serviços e tráfego de carros em nossa cidade, mas esse governo sindicalista prefere o caos e o pior, intencionalmente procura manter o nosso país preso ao século passado, portanto, vamos votar com consciência, Vote NULO, ou não reeleja ninguém!

Temos que mudar o Brasil da mesma forma que as redes sociais estão mudando a face do mundo.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Zé Fifó e o terrorismo do capital.



Não se trata de um câncer exclusivamente brasileiro, nem de uma gonorreia verde e amarela essa podre feira de votos nas zonas do meretrício político e judiciário, que são os tribunais, as assembleias e o congresso nacional.

A existência de mensaleiros impunes, de saias curtas e rodando bolsinhas enormes é uma pandemia global.

A maioria dos políticos no mundo inteiro está prostituída pelo dinheiro, vendida ao sistema financeiro internacional, aprovando e sancionando leis que eliminam direitos do trabalhador, aumentam impostos, reduzem pensão dos aposentados, cortam postos de trabalho e incluem na Constituição de todos os países dispositivos que priorizam o pagamento de dívidas aos especuladores, em detrimento de qualquer investimento social para a melhoria das condições de vida da população. Aqui no Brasil essa diretriz traçada por Wall Street é chamada de superávit primário e ainda infraconstitucional, mas traiçoeiramente imposta pelo governo e covardemente aceita por todos nós.

E é dessa forma que os banqueiros realizam o sonho do Terceiro Reich. Transformaram o mundo numa grande Alemanha de Hitler e somos quase todos judeus nessa global Alemanha nazista. Nem todos, porque a minoria rica e seus lacaios foram cooptados pelos donos do dinheiro.

O terrorismo de estado avança e chega à proporções explosivas, reprimindo com violência protestos pacíficos do povo desarmado. No Brasil nunca houve e nos países do mundo civilizado já não há mais sintonia entre a vontade do povo e as decisões dos políticos.

O planeta é uma bomba atômica prestes a ser detonada. Guerras civis, que significam suicídio coletivo, eclodem em vários países e se espalham pelo mundo.

Já não há a mínima chance de mudança pacífica pelo voto desse quadro desolador, porque os prostíbulos políticos jamais farão reformas estruturais, visando a correta representação popular nos governos e nos parlamentos, acabando com as regalias e privilégios das meretrizes do poder político e de seus clientes abonados. Correta representação popular nos governos e nos parlamentos significa melhores condições de vida, de ensino público gratuito de qualidade, de assistência médica universal eficiente, trabalho e salário dignos para o povo esmagado pelo terrorismo do sistema financeiro internacional.

Entenda-se por sistema financeiro internacional o famigerado banco privado de judeus chamado Federal Reserve (FED).  As demais instituições bancárias pelo mundo são meras franquias do FED, o suposto Banco Central norte americano, que controla os governos e os Bancos Centrais de quase todos os países, inclusive o FMI, o Banco Mundial e o Banco Central Europeu.

Só resta uma forma pacífica de evitar o iminente apocalipse global. É a união dos eleitores em associações que controlem a conduta parlamentar de seus representantes políticos, mediante contrato de compromisso, cujo descumprimento acarrete perda do mandato e que esteja sujeito ao arbitramento de organizações civis pré-estabelecidas, que atuem em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente.

Peço desculpas aos leitores pelo tom agressivo e revoltado dessa carta, porque minha filha, que se ocupa em retirar amarguras e ressentimentos do que escrevo, está momentaneamente impossibilitada de fazê-lo.  Eu, que procuro ser zen, mas que tenho em minhas veias o sangue velho de cangaceiros, bombeado por um mesmo coração selvagem, sempre trago revolta em minhas palavras, quando trato de abusos da injustiça, da exploração e da desigualdade social.

Sei que estou mais para Seu Fifó do que para Lampião. Portanto, procuro equilibrar com poesia essa minha dificuldade.  No mais, eu só...

Quero andar calmamente
como se tivesse esperança

quero ser tão somente
o que sou na lembrança

quero ter o poder infinito
do homem comum

e reinar livremente
como os mistérios do mar
sobre a ciência da terra

e morrer simplesmente
como espuma das ondas
afundando na areia

e ficar para sempre
como um rochedo qualquer
esquecido e presente

quero ser como gente.





quinta-feira, 17 de maio de 2012

Associações, Federações e Confederações de Eleitores


Fernando Gabeira publicou um artigo no jornal Estado de São Paulo que é um verdadeiro manifesto para a criação de associações distritais de eleitores, com o objetivo de debater projetos políticos e representatividade com seus candidatos,  visando impedir que políticos eleitos, comprometidos e apoiados por essas associações, representem o seu próprio bolso nos executivos e nos parlamentos. 


Essas associações distritais deverão ter uma federação estadual e uma confederação nacional, como a poderosa CBF no futebol.


Claro que haverá diversidade de associações, na medida em que elas sejam formadas por patrões ou por assalariados. O mais importante é que os políticos eleitos representem os interesses de quem lhes deu um mandato e os colocou no poder. E que a opinião da maioria prevaleça, em vez da usura dos fraudadores de licitações e de compradores de votos judiciários e mensaleiros.


As associações tornarão obsoleto o famigerado financiamento privado de campanhas políticas.


Certamente isso também facilitará a realização das emperradas reformas estruturais no pais, que permanece na pobreza, no atraso e na desigualdade social por culpa de um modelo de produção baseado na monocultura predatória do meio ambiente, na mineração predatória dos recursos naturais e na exportação subfaturada de produtos primários, velho e surrado modelo republicano das elites, muito pior do que aquele que se praticava no Brasil colônia e no Brasil império.


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Paris é uma festa

29.04.2012 | 09:33
http://www.gabeira.com.br/wordpress/wp-content/uploads/hotelritz_sapatos.jpg


Na sexta feira, publiquei um artigo no Estadão, O Fator Delta, afirmando que existia uma conspiração de muitos poderes em torno de Sérgio Cabral no Rio.
Cabral levou seis anos descobrindo o mundo e jamais tinha visto uma reportagem, com texto e fotos, sobre suas luxuosas aventuras internacionais.
Na quinta feira à noite, participei de um debate com Alan Riding, correspondente cultural do New York Times na França, para o lançamento do seu livro “Paris, a Festa continuou”. Foi na livraria Travessa do Leblon.
O livro tem no titulo uma clara alusão ao célebre Paris é Uma Festa, de Ernest Hemingway. Mas fala de como os franceses e parisienses continuaram se divertindo, mesmo durante a ocupação militar alemã.
As duas atividades se entrelaçaram com a revelação, pelo Blog do Garotinho, de alguns vídeos mostrando a intimidade do dono da Delta, Fernando Cavendish, com Cabral, no suntuoso restaurante do hotel Ritz, que, por sinal, também foi usado pelo estado maior alemão.

Como sabem, o TRE tirou meu programa partidário do ar, em 2010, e determinou multa por ter falado da amizade Cavendish-Cabral.
Não preciso falar muito. Nem fazer legenda para a foto dessas mulheres exibindo em Paris os sapatos Christian Louboutin, que custam até R$ 10 mil reais.
Elas o exibem como os caçadores exibem a cabeça de um leão, um troféu valioso que vale ser mostrado. Não costumo fazer legenda para fotos eloquentes. Lembro apenas que além de mulher do governador, Sra. Adriana Ancelmo, está nessa foto a mulher do Secretario de Saúde Sérgio Cortes. Ele, aparece também, numa outra foto, com uma toalha na cabeça dançando ao lado de Cavendish.
http://www.gabeira.com.br/wordpress/wp-content/uploads/hotelritzguardanaposnacabec.jpg


Toda minha campanha foi feita para denunciar os laços de Cabral com as empreiteiras. Fiz até programas na obra estagnada do Arco Metropolitano.
Mas o centro mesmo era a corrupção na saúde, com Toesas e Locantys, botando para quebrar. Sérgio Cortes foi protegido pela Globo que interrompeu uma série de reportagens sobre corrupção na saúde para não influenciar as eleições e enfraquecer Cabral.

Corrupção na saúde mata. A mesma Globo fez uma excelente reportagem mostrando como funcionam as licitações nos hospitais públicos. Mas as investigações não avançaram. As empresas deram a impressão de que tudo era culpa de seus funcionários açodados que queriam fechar negócio de qualquer maneira.
E o governo fingiu que não era com ele. Os fatos durante a campanha e agora em 2012 revelam que a corrupção na saúde continuou.
Sérgio Cortes com a toalha na cabeça e sua mulher exibindo sapatos caros em Paris me indignam porque ele comanda a saúde no Rio.

Um estado que convive alegremente com a corrupção na saúde, enquanto os responsáveis pelo setor festejam em Paris, chegou a um ponto de degradação interna que só um grande movimento popular pode superar.
Assembleia está com eles, a grande imprensa está com eles, o judiciário está com eles. As eleições mostraram que a maioria da população também está. Será que ela continuará com eles, mesmo sabendo de tudo?
Nesse caso, um dos caminhos é o exílio na própria cidade.



sábado, 5 de maio de 2012

Independência do agronegócio, ou morte!



Camila Pitanga, linda, oportuna e consciente, quebrou o protocolo e cumpriu o seu papel de cidadã ativa, por ela e por todos nós alienados, passivos e submissos assalariados complacentes.

A classe abastada brasileira é medíocre. No Brasil os ricos não conseguem e nem se arriscam a tentar ser qualquer coisa distinta de meros gigolôs e predadores usurários da terra, do gado, do meio ambiente, dos recursos naturais e dos assalariados. São e continuam sendo essa coisa nefasta que sempre foram desde a invasão portuguesa em 1500.

Por irresponsabilidade exclusiva dessa elite infame, temos até hoje a mesma economia e a mesma política econômica que tínhamos no Brasil colonial. Continuamos sendo um país exportador de produtos agrícolas primários e de matérias primas e importadores de produtos industrializados. Essa é a política econômica de quem é pobre, como uma vistosa e folclórica baiana do acarajé: vende barato o seu produto primário e compra caríssimos produtos industrializados. País rico faz o contrário.

E permanecemos sempre nessa pobreza e atraso, incompatíveis com o valor e volume de nossas riquezas naturais, devido à manutenção de sistemas eleitoral e jurídico anacrônicos, através do qual os ricos controlam a justiça e o congresso nacional. Eleitos pela maioria pobre, os congressistas ricos, filhotes ou descendentes de filhotes da ditadura, e os novos políticos, que seguem a mesma cultura de ficar ricos rapidamente, defendem apenas os interesses do seu bolso e da minoria abastada, dona do dinheiro sujo que compra voto e paga propina.

No campo, o agronegócio concentra riqueza e causa devastação, para exportar produtos primários. De acordo com o Instituto Nacional Contra o Câncer, somente este ano haverá mais de 1 milhão de novos casos de Câncer na população brasileira e 400 mil óbitos, decorrentes do uso de agrotóxicos pelo agronegócio.  

Hoje o agronegócio gera divisas para o bolso dos ruralistas. E qual será a alternativa ao agronegócio dos ricos para a geração de divisas para o país?

O modelo de reforma agrária que temos e defendemos, e que os ricos fingem que combatem, foi inventado na Rússia no final do século 19 por Piotr Stolypin, Primeiro Ministro e conselheiro do Czar Nicolau II.

Cansados de serem explorados, assim como se deu em Canudos na mesma época, os trabalhadores rurais abandonaram as fazendas da aristocracia russa e fundaram Comunas Agrícolas multi familiares, baseadas no trabalho solidário e na propriedade coletiva da terra e dos meios de produção.

Enquanto os fazendeiros amarguravam a decadência, as Comunas Agrícolas prosperavam, concentravam riqueza e financiavam a construção de fábricas, viabilizando a revolução industrial na Rússia.

Diante da iminente falência da aristocracia rural e do Império Czarista, Piotr Stolypin propôs que o Czar e toda a nobreza doassem metade das suas melhores terras para o seu plano de reforma agrária, que consistia em dividir as mais férteis terras russas em glebas unifamiliares, para atrair a mão de obra das Comunas Agrícolas, porque Stolypin sabia que os genes da usura, da ambição e do apego ao meu é mais forte e mais presente no sangue humano do que o gene do desapego, da igualdade e da libertação naquilo que é de todos, no repartir tudo que é nosso.

Diante da inicial objeção da nobreza, Stolypin vaticinou que se a metade de suas terras não fosse entregue imediatamente, não restaria à nobreza terra alguma em curto prazo. E assim foi feita a nossa reforma agrária na Rússia czarista, provocando a decadência das Comunas Agrícolas com a evasão de mão de obra para as fazendas de terras férteis, doadas pelo império. Com o tempo, alguns novos proprietários rurais, os mais eficientes e produtivos, foram adquirindo as terras de seus vizinhos, que migraram para se embriagar nas cidades e aumentar a legião de desempregados que avilta ainda mais o salário dos operários.

Da forma como foi aprovado pelos políticos comprados por ruralistas, o novo Código Florestal é uma aberração e um atentado ao futuro do Brasil. É a aceitação da condenação definitiva do país ao atraso permanente, à desigualdade e à pobreza, inerentes aos povos colonizados.

Ao neoliberalismo populista de Lula e Dilma só restam dois caminhos: redirecionar o projeto de reforma agrária para a criação de Comunidades Agrícolas multi familiares, baseadas no trabalho solidário e na propriedade coletiva da terra e dos meios de produção, para banir o agrotóxico de nosso país e produzir alimentos orgânicos e produtos agrícolas manufaturados artesanalmente, como, por exemplo, os derivados do gergelim e do algodão naturalmente colorido, desenvolvido pelo professor Napoleão Beltrão na Embrapa de Campina Grande, para abastecer o mercado interno e para exportação, bens essenciais com grande valor agregado e demanda reprimida no mundo inteiro, por escassez de produção, ou então lançar o país de uma vez no abismo da decadência e da miséria, fruto da incompetência e da usura da elite brasileira.

Veta, Dilma. Veta!