quinta-feira, 24 de maio de 2012

Zé Fifó e o terrorismo do capital.



Não se trata de um câncer exclusivamente brasileiro, nem de uma gonorreia verde e amarela essa podre feira de votos nas zonas do meretrício político e judiciário, que são os tribunais, as assembleias e o congresso nacional.

A existência de mensaleiros impunes, de saias curtas e rodando bolsinhas enormes é uma pandemia global.

A maioria dos políticos no mundo inteiro está prostituída pelo dinheiro, vendida ao sistema financeiro internacional, aprovando e sancionando leis que eliminam direitos do trabalhador, aumentam impostos, reduzem pensão dos aposentados, cortam postos de trabalho e incluem na Constituição de todos os países dispositivos que priorizam o pagamento de dívidas aos especuladores, em detrimento de qualquer investimento social para a melhoria das condições de vida da população. Aqui no Brasil essa diretriz traçada por Wall Street é chamada de superávit primário e ainda infraconstitucional, mas traiçoeiramente imposta pelo governo e covardemente aceita por todos nós.

E é dessa forma que os banqueiros realizam o sonho do Terceiro Reich. Transformaram o mundo numa grande Alemanha de Hitler e somos quase todos judeus nessa global Alemanha nazista. Nem todos, porque a minoria rica e seus lacaios foram cooptados pelos donos do dinheiro.

O terrorismo de estado avança e chega à proporções explosivas, reprimindo com violência protestos pacíficos do povo desarmado. No Brasil nunca houve e nos países do mundo civilizado já não há mais sintonia entre a vontade do povo e as decisões dos políticos.

O planeta é uma bomba atômica prestes a ser detonada. Guerras civis, que significam suicídio coletivo, eclodem em vários países e se espalham pelo mundo.

Já não há a mínima chance de mudança pacífica pelo voto desse quadro desolador, porque os prostíbulos políticos jamais farão reformas estruturais, visando a correta representação popular nos governos e nos parlamentos, acabando com as regalias e privilégios das meretrizes do poder político e de seus clientes abonados. Correta representação popular nos governos e nos parlamentos significa melhores condições de vida, de ensino público gratuito de qualidade, de assistência médica universal eficiente, trabalho e salário dignos para o povo esmagado pelo terrorismo do sistema financeiro internacional.

Entenda-se por sistema financeiro internacional o famigerado banco privado de judeus chamado Federal Reserve (FED).  As demais instituições bancárias pelo mundo são meras franquias do FED, o suposto Banco Central norte americano, que controla os governos e os Bancos Centrais de quase todos os países, inclusive o FMI, o Banco Mundial e o Banco Central Europeu.

Só resta uma forma pacífica de evitar o iminente apocalipse global. É a união dos eleitores em associações que controlem a conduta parlamentar de seus representantes políticos, mediante contrato de compromisso, cujo descumprimento acarrete perda do mandato e que esteja sujeito ao arbitramento de organizações civis pré-estabelecidas, que atuem em defesa dos direitos humanos e do meio ambiente.

Peço desculpas aos leitores pelo tom agressivo e revoltado dessa carta, porque minha filha, que se ocupa em retirar amarguras e ressentimentos do que escrevo, está momentaneamente impossibilitada de fazê-lo.  Eu, que procuro ser zen, mas que tenho em minhas veias o sangue velho de cangaceiros, bombeado por um mesmo coração selvagem, sempre trago revolta em minhas palavras, quando trato de abusos da injustiça, da exploração e da desigualdade social.

Sei que estou mais para Seu Fifó do que para Lampião. Portanto, procuro equilibrar com poesia essa minha dificuldade.  No mais, eu só...

Quero andar calmamente
como se tivesse esperança

quero ser tão somente
o que sou na lembrança

quero ter o poder infinito
do homem comum

e reinar livremente
como os mistérios do mar
sobre a ciência da terra

e morrer simplesmente
como espuma das ondas
afundando na areia

e ficar para sempre
como um rochedo qualquer
esquecido e presente

quero ser como gente.





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