sábado, 24 de dezembro de 2011

O PODER DA MOBILIZAÇÃO POPULAR


Prezado senhor Presidente Barack Obama


Recebi com muita alegria e admiração as suas cartas, uma onde o seu assessor pergunta aos norte americanos qual a importância que tem 40 dólares mensais no orçamento de cada um e a sua carta comentando a resposta popular.

Obviamente o resultado não poderia ser outro.  Afinal de contas, a maioria republicana no Congresso, que só cuida dos interesses da minoria rica, é eleita com o voto da maioria pobre, exatamente como acontece aqui no Brasil.

A insuperável mobilização e pressão popular, em resposta à sua carta, demoveu os congressistas do seu jogo de impedir as ações de seu governo em defesa dos interesses dos mais pobres e que mais precisam, visando unicamente enriquecer, ainda mais, os mais ricos.

A falta de uma legítima representação popular do povo norte americano no Congresso é um terrível mal que assola também o meu país, ampliando sempre o imenso abismo que existe entre ricos e pobres, perpetuando, assim, a imensa desigualdade e injustiça social.

Aqui no Brasil, também os políticos eleitos com o voto da maioria pobre só defendem os interessas da classe dominante, porque são eles, os mais ricos, que financiam as campanhas políticas e ainda compram com muita propina o voto parlamentar.

Com as suas atitudes fortes e inteligentes em defesa do seu povo, a meu ver, o senhor se torna um dos melhores Presidentes da História do seu país.

Só falta agora o senhor assegurar ao seu povo e ao seu governo a necessária soberania política, econômica, financeira e social, devolvendo ao Departamento do Tesouro o poder de emitir a moeda norte americana e de controlar o seu fluxo, acabando de uma vez com o poder absoluto e genocida dos usurários banqueiros, donos do FED, sobre os povos por eles oprimidos e massacrados, no mundo inteiro.

Sua linda família, sua esposa e suas filhas, têm o mais justo motivo de se orgulhar do senhor e terá muito mais ainda, sendo a família do homem que libertou o mundo da usura assassina dos banqueiros que controlam, ha séculos, a economia e o sistema financeiro globais.

Atenciosamente

Luiz Eladio Humbert

Como sempre, a imprensa patronal daqui noticiou e comentou esse fato superficialmente, informando apenas que o Presidente Obama obtivera uma inesperada vitória no Congresso, de maioria republicana, e que  ia passar as festas de fim de ano com a família no  Havaí.

Para uma honesta informação, incapaz de ser prestada pela imprensa patronal, publicamos abaixo as duas cartas enviadas pela Casa Branca. 


PERGUNTA DO PRESIDENTE AO SEU POVO



The White House, Washington


Hello --
We've been fighting for months to make sure taxes on the middle class don't go up on January 1st.
This weekend, Democrats and Republicans in the Senate came together, compromised, and took a giant step to avoid just that. In fact, 89 senators approved an extension of the payroll tax cut. And 39 of them were Republicans, including GOP Senate Leader Mitch McConnell.
But now, a faction of Republicans in the House refuses to even vote on that compromise. And they're on the brink of allowing taxes to go up on 160 million Americans.
Here's part of the problem: A lot of people in Washington don't understand what these tax cuts mean. A typical family gets about $40 with each paycheck from this tax cut, and opponents look at that and argue it doesn't have an impact.
Just today, one House Republican referred to this debate as "high-stakes poker." He’s right about the high-stakes, but he's dead wrong about the poker. This is not a game.
We know better -- $40 has tangible benefits for millions of families. Can you help us prove that point?
Tell us what your family will give up if your taxes increase. We'll highlight stories like yours publicly so that they're part of the debate here in Washington.
What does $40 mean to you?
What's missing here in Washington is your voice.
Too many just don't understand the perspective of a working family. They need to hear what it's like to be part of the middle class in this country.
Thankfully, there's still time to change the conversation. We have 11 days until taxes go up.
Send us your stories and we'll share them on Facebook and Twitter. We'll display what we received on WhiteHouse.gov. With your help, we'll put the middle class front and center.
Tell us what an extra $40 means to you and your family:
http://www.whitehouse.gov/40dollars
Thanks,
David Plouffe
Senior Advisor to the President

RESPOSTA DO POVO AO PRESIDENTE



The White House, Washington
 Good afternoon --
Earlier this week, it looked like Congress would go home for the holidays without preventing a tax increase that would mean millions of American families would have about $40 less in each paycheck.
But then something pretty incredible happened.
It began when we asked everyone to show us how that missing $40 would affect them and their families. In a matter of hours thousands of vivid, powerful stories from Americans of all ages, all backgrounds, from every corner across the country were pouring in. For some, $40 means dinner out with a child who's home for the holidays. For others it means a tank of gas or a charitable donation. In just two days, tens of thousands of Americans were making their voices heard.
You spoke up. Your voices made all the difference.
Thanks to you, Congress reached an agreement to extend the payroll tax cut.  On top of that, vital unemployment insurance will continue for millions of Americans who are looking for work.
Yesterday I had the chance to meet a few of the folks who took to the web to make this happen.
Take a moment to hear what they had to say:
Watch the video.
We aren't done fighting for the middle class. When Congress returns, they need to keep working to reach an agreement that will extend this tax cut and unemployment insurance for all of 2012 -- without drama or delay.
That's just the beginning of our work ahead in the new year to put more Americans back to work, restore middle-class security, and ensure that folks who work hard and play by the rules get a fair shot.
More than ever I'm confident that, together, those are goals we can achieve.
Thank you, Merry Christmas, and Happy Holidays,
President Barack Obama

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A GUERRA DO NOSSO EXTERMÍNIO



Estamos assistindo, e a maioria de nós passivamente, a grande guerra global de extermínio da humanidade, declarada pela usura do capitalismo neoliberal. Guerra sem trégua, financiada pelo sistema financeiro internacional, que controla a economia do mundo, mantendo-a refém de sua ganância por lucros cada vez maiores.

A cada dia aumenta exponencialmente o número dos milhares de obesos, insanos, inválidos, sequelados, moribundos, sobreviventes deformados, e de crianças que já nascem atingidas, condenadas e violentadas por essa guerra, da qual nenhum de nós escapa.

Só nos Estados Unidos da América, o número anual de mortos em consequência desse massacre provocado pelas indústrias farmacêuticas, químicas e de alimentos processados já passa de 250 mil, deixando mortalmente ferida a população inteira.

Essas mais letais e danosas armas químicas de destruição em massa, jamais vistas no nosso planeta, são usadas livremente contra as populações do mundo inteiro, apoiadas pelos estados neoliberais, que reprimem com violência as manifestações pacíficas das populações por melhores condições de vida.

O livro Cem anos de mentiras de Randall Fitzgerald mostra, em provas e argumentos incontestáveis, a extensão e o alcance desse massacre, descrevendo praticamente todas as bombas químicas de fragmentação e de efeito retardado, usadas nessa guerra de extermínio da humanidade e do meio ambiente.

Os argumentos, evidências e provas desse genocídio, apresentadas por autoridades científicas e pesquisadores independentes do mundo inteiro, são publicados apenas nas revistas científicas de circulação restrita e jamais divulgadas ao grande público, assolado por essa guerra, por uma simples razão: a mídia patronal só visa o lucro e as indústrias químicas, farmacêuticas e de alimentos processados contratam 80% de toda publicidade veiculada no planeta.

Essas bombas de fragmentação são feitas de alimentos processados, drogas químicas sintéticas permitidas, fertilizantes e defensivos químicos autorizados, de uso aprovado pelas agências governamentais de controle e vigilância, com base unicamente nos resultados dos testes realizados e manipulados pelas próprias indústrias.

Para citar apenas um exemplo do que acontece nessa guerra desumana, na década de 70 do século passado, uma grande e influente indústria química foi intimada pelas autoridades norte americanas a remover e dar uma destinação segura aos seus resíduos poluentes tóxicos, que vinham causando danos comprovados para as pessoas e para o meio ambiente. Essa providência imediata de remoção e destinação segura desses resíduos, compostos de vários venenos mortais, inclusive cianureto de potássio e fluoreto de sódio, seria uma empreitada muito onerosa, capaz de comprometer o crescimento ou de reduzir substancialmente os lucros crescentes dessa indústria.

Como o fluoreto de sódio corresponde a mais de 70% do volume desses resíduos tóxicos, a indústria química financiou pesquisas milionárias de um renomado cientista. O resultado dessa pesquisa apresentou o fluoreto de sódio como um poderoso agente no combate à carie dentária. Sabedores de ser o fluoreto de sódio um resíduo tóxico de alta periculosidade, cientistas independentes contestaram esse resultado, porém sem sucesso, e seus protestos obtiveram restrita divulgação, diante, entre outros interesses escusos, do grande prestígio do autor da pesquisa.

Em pouco tempo, governos do mundo inteiro passaram a comprar o fluoreto de sódio das indústrias químicas, destinando esse novo agente contra a cárie dentária a quase todas as estações de tratamento de água das grandes e médias cidades do planeta. Com essa medida global, além de evitar o custo do tratamento, remoção e destinação segura desse veneno, as indústrias químicas aumentaram ainda mais o seus lucros com as vendas milionárias desse novo “remédio”, que usamos diariamente, durante muito tempo. 

Depois de mais de 15 anos, quando os resultados de pesquisas de  cientistas mundiais independentes constataram, no período de 10 anos, o aumento da incidência de cárie dentária nas populações consumidoras do fluoreto de sódio e, o que é ainda pior, um elevado aumento de registro de câncer entre os usuários de água tratada com essa substância tóxica, em relação às populações não usuárias de agua tratada com essa substância, nesse mesmo período.

Diante desse fato, os governos europeus cancelaram imediatamente as compras e o uso do fluoreto de sódio, retirando esse veneno das aguas distribuídas à população. Essa providência foi posteriormente seguida por diversos países sérios e de população melhor instruída e mais esclarecida, no mundo inteiro.

Fatos semelhantes impulsionam os lucros das indústrias químicas, farmacêuticas e de alimentos processados, mas as populações globais continuam sendo atacadas por essas bombas mortais e gastam muito dinheiro suado para serem envenenadas.

Enquanto isso, obesos, doentes, insanos, inválidos, sequelados, moribundos, deformados, plantados diante da televisão, roendo batatas fritas, engolindo hambúrgueres, afogando-se em refrigerantes, vão assistindo passivamente o espetáculo do nosso massacre, aplaudindo e estimulando com o seu consumo irresponsável a grande guerra do nosso extermínio. 



quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ULISSES E O REFERENDO POPULAR




Pela primeira vez na história, a humanidade se depara com um acontecimento inconcebível, impensável, sublime, que coloca o desprotegido calcanhar de Aquiles do famigerado sistema financeiro internacional na mira de um referendo grego.

Os banqueiros, que sempre lucraram somas espantosas, acumularam riqueza incalculável e poder acima de qualquer controle, manipulando governos, espoliando pessoas, a custa da miséria, da fome e da destruição da humanidade e do meio ambiente, estão diante do fim do seu império.

Esses vampiros que promovem guerras, para ampliar e sustentar o seu mercado, emprestando dinheiro a ambos os lados em conflito, financiando tanto a ambição de Hitler e o holocausto dos judeus, quanto o esforço de guerra dos aliados, como aconteceu na segunda grande guerra europeia, agora se vêm na beira do precipício de sua destruição, que trará ao mundo a paz, a justiça e a igualdade que ele nunca viu.

É óbvio que o lacaio mor do sistema capitalista, a imprensa patronal, vai anunciar o caos, a falência da Grécia, divulgando mitos e mentiras, antevendo mais desgraça para os desgraçados, usando o seu terrorismo para impedir o justo calote grego, como fizeram para tentar impedir o recente calote da Argentina, que renasceu soberana do seu calote benigno, livre dos agiotas, revigorada, e com uma das maiores taxas de desenvolvimento da América do Sul.

Para o povo consciente e pacífico que sonha, é um pesadelo conviver com absurdos como esse tal de superávit primário das contas públicas, destinado ao pagamento prioritário de juros à agiotagem internacional, sacrificando o povo naquilo que lhe é mais essencial: saúde, educação, emprego e salário digno.

Acredito no poder da mobilização popular pacífica, para ser o grande estopim revolucionário que libertará a humanidade e o meio ambiente de um sistema dominante predador, controlado por uma minoria de usurários exploradores da vida, da honra e da dignidade humana da maioria da população do planeta.



Caso os banqueiros percam tudo e o sistema financeiro se transforme em pó, eles ainda ficarão devendo muito à humanidade.

Está nas mãos do povo grego o limiar de um novo tempo, como os tempos heroicos do seu passado.

Portanto, só me resta oferecer a esse povo predestinado minhas palavras, meus melhores sentimentos e a minha vida, se preciso for, e prestar uma homenagem ao Primeiro Ministro George Papandreou pela hombridade de submeter diretamente ao povo a escolha do seu destino.

Ulisses está de volta à sua pátria, no coração de seu povo.






segunda-feira, 31 de outubro de 2011

SOBREVIVER CERCADO PELOS 1%




Amigos,


Há 22 anos, que se completam na 3ª-feira, eu estava com um grupo de operários, estudantes e desempregados no centro da cidade onde nasci, Flint, Michigan, para anunciar que o estúdio Warner Bros, de Hollywood, afinal comprara os direitos para distribuir meu primeiro filme, “Roger & Me”. Um jornalista perguntou: “Por quanto você vendeu?”

“Três milhões de dólares” – respondi com orgulho. Houve um grito de admiração, do pessoal dos sindicatos que me cercava. Nunca acontecera, nunca, que alguém da classe trabalhadora de Flint (ou de lugar algum) tivesse recebido tanto dinheiro, a menos que um dos nossos roubasse um banco ou, por sorte, ganhasse e grande prêmio da loteria de Michigan. Naquele dia ensolarado de novembro de 1989, foi como se eu tivesse ganho o grande prêmio da loteria – e o pessoal com quem eu vivia e lutava em Michigan ficou eufórico com o meu sucesso. Foi como se um de nós, afinal, tivesse conseguido, tivesse chegado lá, como se a sorte afinal tivesse sorrido para nós. O dia acabou em festa. Quando você é trabalhador, de família de trabalhadores, todos cuidam de todos, e quando um se dá bem, ou outros vibram de orgulho – não só pelo que conseguiu ter sucesso, mas porque, de algum modo, um de nós venceu, derrotou o sistema brutal contra todos, sem mercê, que comanda um jogo cujas regras são distorcidas contra nós.

Nós conhecíamos as regras, e as regras diziam que nós, ratos da fábricas da cidade, nunca conseguimos fazer cinema, ou aparecemos em entrevistas na televisão ou conseguimos nos fazer ouvir em palanque nacional. Nossa parte deveria ser ficar de bico calado, cabeça baixa, e voltar ao trabalho. E, como que por milagre, um de nós escapara dali, estava sendo ouvido e visto por milhões de pessoas e estava ‘montado na grana’ – santa mãe de deus, se preparem! Um palanque e muito dinheiro… agora, sim, é que os de cima vão ver só!

Naquele momento, eu sobrevivia com o salário-desemprego, $ 98 por semana. Saúde pública. Meu carro morrera em abril: sete meses sem carro. Os amigos me convidavam para jantar e sempre pagavam a conta antes que chegasse à mesa, para me poupar do vexame de não poder dividir a conta.

E então, de repente, lá estava eu montado em três milhões de dólares. O que eu faria do dinheiro? Muitos rapazes de terno e gravata apareceram com muitas sugestões, e logo vi que, quem não tivesse forte senso de responsabilidade social, seria facilmente arrastado pela via do “eu-eu” e muito rapidamente esqueceria a via do “nós-nós”.

Em 1989, então, tomei decisões fáceis:

1. Primeiro de tudo, pagar todos os meus impostos. Disse ao sujeito que fez a declaração de rendimentos, que não declarasse nenhuma dedução além da hipoteca; e que pagasse todos os impostos federais, estaduais e municipais. Com muita honra, paguei quase um milhão de dólares pelo privilégio de ser norte-americano, cidadão desse grande país.

2. Os 2 milhões que sobraram, decidi dividir pelo padrão que, uma vez, o cantor e ativista Harry Chapin ensinou-me, sobre como ele próprio vivia: “Um para mim, um para o companheiro”. Então, peguei metade do dinheiro – e criei uma fundação para distribuir o dinheiro.

3. O milhão que sobrou, foi usado assim: paguei todas as minhas dívidas, algumas que eu devia aos meus melhores amigos e vários parentes; comprei uma geladeira para os meus pais; criei fundos para pagar a universidade das sobrinhas e sobrinhos; ajudei a reconstruir uma igreja de negros destruída num incêndio, lá em Flint; distribuí mil perus no Dia de Ação de Graças; comprei equipamento de filmagem e mandei para o Vietnã (meu movimento pessoal, para reparar parte do mal que fizemos àquele país, que nós destruímos); compro, todos os anos, 10 mil brinquedos, que dou a Toys for Tots no Natal; e comprei para mim uma moto Honda, fabricada nos EUA, e um apartamento hipotecado, em New York City.

4. O que sobrou, depositei numa conta de poupança simples, que paga juros baixos. Tomei a decisão de jamais comprar ações. Nunca entendi o cassino chamado Bolsa de Valores de New York, nem acredito em investir num sistema com o qual não concordo.

5. Sempre entendi que o conceito do dinheiro que gera dinheiro criara uma classe de gente gananciosa, preguiçosa, que nada produz além de miséria e medo para os pobres. Eles inventaram meios de comprar empresas menores, para imediatamente as fechar. Inventaram esquemas para jogar com as poupanças e aposentadorias dos pobres, como se dinheiro dos outros fosse dinheiro deles. Exigiram que as empresas sempre registrassem lucros (o que as empresas só conseguiram porque demitiram milhares de trabalhadores e acabaram com os serviços de saúde pública para os que ainda tinham empregos). Decidi que, se ia afinal ‘ganhar a vida’, teria de ganhá-la com meu trabalho, meu suor, minhas ideias, minha criatividade. Eu produziria produtos tangíveis, algo que pudesse ser partilhado com todos ou de que todos gostassem, como entretenimento, ou do qual pudessem aprender alguma coisa. Meu trabalho, sim, criaria empregos, bons  empregos, com salários decentes e todos os benefícios de assistência médica.

Continuei a fazer filmes, a produzir séries de televisão e a escrever livros. Nunca iniciei um projeto pensando “quanto de dinheiro posso ganhar com isso?”. Nunca deixei que o dinheiro fosse a força que me fizesse fazer qualquer coisa. Fiz, simplesmente, exatamente o que queria fazer. Essa atitude ajuda a manter honesto o meu trabalho – e, acho, ao mesmo tempo, resultou em milhões de pessoas que compram ingresso para assistir aos meus filmes, assistem aos programas que produzo e compram meus livros.

E isso, precisamente, enlouqueceu a Direitona. Como é possível que alguém da esquerda tenha tanta audiência no ‘grande público’?! Não pode ser! Não era para acontecer (Noam Chomsky, infelizmente, não aparece na lista dos 10 programas mais vistos da televisão; e Howard Zinn, espantosamente, só chegou à lista dos mais vendidos do New York Times, depois de morto). Assim opera a mídia-máquina. Está regulada para que ninguém jamais ouça falar dos que, se pudessem, mudariam todo o sistema, para coisa muito melhor. Só liberais babacas, que vivem de exigir cautela e concessões e reformas lentas, aparecem com os nomes impressos nas páginas de editoriais dos jornais ou nos programas da televisão aos domingos.

Eu, de algum modo, encontrei uma brecha na muralha e meti-me por ali. Sinto-me abençoado, podendo viver como vivo – e não ajo como se tudo fosse garantido para sempre. Acredito nas lições que aprendi numa escola católica: que se você se dá bem, maior a sua responsabilidade por quem não tenha a mesma sorte. “Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.” Meio metido a comunista, eu sei, mas a ideia é que a família humana existe para partilhar com justiça as riquezas da terra, para que os filhos de Deus passem por essa vida, com menos sofrimento.

Dei-me bem – para autor de documentários, dei-me super bem. Isso, também, faz pirar os conservadores. “Você está rico por causa do capitalismo!” – eles gritam. Hummm… Não. Não assistiram as aulas de Economia I? O capitalismo é um sistema, um esquema ‘pirâmide’ que explora a vasta maioria, para que uns poucos, no topo, enriqueçam cada vez mais. Fiz meu dinheiro, à moda antiga, honestamente, fabricando produtos, coisas. Nuns anos, ganho uma montanha de dinheiro, noutros anos, como o ano passado, não tenho trabalho (nada de filme, nada de livro); então, ganho muito menos. “Como é que você diz defender os pobres, se você é rico, exatamente o contrário de ser pobre?!” É o mesmo argumento de quem diz que, “Você nunca fez sexo com outro homem! Como pode ser a favor do casamento entre dois homens?!”

Penso como pensava aquele Congresso só de homens que votou a favor do voto para as mulheres, ou como os muitos brancos que foram às ruas, marchar com Martin Luther Ling, Jr. (E lá vêm a Direitona, aos gritos, ao longo da história: “Hei! Você não é negro! Você nem foi linchado! Por que está a favor dos negros?!”). Essa desconexão impede que os Republicanos entendam por que alguém dá o próprio tempo ou o próprio dinheiro, para ajudar quem tenha menos sorte. É coisa que o cérebro da Direitona não consegue processar. “Kanye West ganha milhões! O que está fazendo lá, em Occupy Wall Street?!”. Exatamente – lá está, exigindo que aumentem os impostos cobrados dele mesmo. Isso, para a Direitona, é definição de loucura. Todo o resto do mundo somos muito gratos que gente como ele se tenha levantado, ainda que – e sobretudo porque – é gente que se levantou contra seus pessoais interesses financeiros. É precisamente a atitude que a Bíblia que aqueles conservadores tanto exaltam por aí exige de todos os ricos.

Naquele dia distante, em novembro de 1989, quando vendi meu primeiro filme, um grande amigo meu disse o seguinte: “Eles cometeram erro muito grave, ao entregar tanto dinheiro a um sujeito como você. Essa grana fará de você homem perigosíssimo. É prova do acerto do velho dito popular: ‘Capitalista é o sujeito que vende a você a corda para enforcar ele mesmo, se achar que, na venda, ele pode ganhar algum.”

Atenciosamente,

Michael Moore

domingo, 23 de outubro de 2011

A MARCHA DOS INTERNAUTAS BRASILEIROS CONTRA A CORRUPÇÃO






A nossa mídia patronal, por justa causa própria, tem omitido informações, para retirar o foco da opinião pública brasileira das manifestações globais em repúdio ao caos econômico, social e ambiental, provocado pela usura ilimitada do sistema capitalista e exigindo o fim do terrorismo financeiro dos banqueiros privados, sediados em Wall Street, donos do Banco Central norte americano, enganosamente chamado de Federal Reserve.

Dando exagerada importância às inocentes marchas dos internautas brasileiros contra a corrupção no Brasil, o que a nossa mídia patronal divulga, a respeito do que se passa pelo mundo, cheia de cuidados e sem o merecido destaque, é uma tal de “revolta popular contra a crise mundial”.

Acontece que os grandes banqueiros sediados em Wall Street são os credores da dívida pública global e os maiores corruptos e corruptores do planeta.

Para manter seu alto padrão de riqueza e poder, os mega agiotas de Wall Street matam, destituem, financiam e compram governantes, compram igualmente o voto dos legisladores, que, majoritariamente, são representantes exclusivos do seu próprio bolso e não dos interesses de seus eleitores.

Mandando sempre em governa e legisla, a máfia do sistema financeiro internacional submete todos os governos ao pagamento prioritário de suas dívidas públicas, à custa do salário, da aposentadoria, do patrimônio, do sofrimento e das aspirações das populações mundiais.

Um justíssimo calote reparador, mesmo uma moratória unilateral dessa dívida, ou a perda do poder político dos banqueiros, ou ambos, de preferência, significam a derrocada desses terroristas do capital. Minoria que é defendida e blindada pela mídia patronal internacional e por todos os demais beneficiários de suas propinas e da impunidade. A derrocada desses terroristas vai proporcionar uma vida digna a todos os cidadãos do mundo.

É precisamente isso que as pessoas mobilizadas no mundo inteiro estão querendo com a sua marcha. E é isso que a nossa imprensa patronal tem ocultado.

Aqui no Brasil, os nossos internautas, em marcha, expressam a sua indignação com a corrupção de políticos, de burocratas, de magistrados e de empresários. Trata-se de justa indignação, porém essa revolta, pacífica e inconsequente, contra a arraia miúda a serviço dos grandes banqueiros, é tudo que a imprensa patronal brasileira adora.   

Nosso problema é de representação. A maioria dos eleitores não tem quem a represente no executivo, no legislativo, nem no judiciário. A bandeira desse movimento brasileiro contra a corrupção deve ser a de uma reforma política já.

Mas não essa palhaçada de reforma que os corruptos estão discutindo no governo e no Congresso e vão empurrando com a barriga.

A reforma política deve ser feita para retirar todo poder dos partidos políticos, para acabar com essa autonomia dos parlamentares de representar o seu próprio bolso e para garantir o poder político ao cidadão eleitor.

O voto tem que ser livre, universal, secreto e distrital. Nós avançamos muito no nosso sistema de apuração de voto, o que já é meio caminho andado para a reforma que estamos propondo.

Basta que a urna eletrônica imprima o voto do eleitor, o eleitor guarde seu voto impresso, e a justiça eleitoral fique responsável pelo sigilo do voto.

Em caso de qualquer representante distrital quebrar o compromisso assumido com os seus eleitores, ou for flagrado em práticas ilegais, os eleitores pedem a quebra de seu próprio sigilo eleitoral e mediante expressa solicitação, com base no seu voto revelado, destituem o corrupto e nomeiam, no mesmo pedido, outro representante. Seja lá o que for esse indigno titular de mandato popular: prefeito, vereador, deputado, governador, presidente, ou senador,

Logo em seguida, que se convoque a Assembléia Nacional Constituinte e pela primeira vez na história nos livraremos de uma vez da corrupção e teremos leis e um país construído pela vontade da maioria. E a maioria não é feita de banqueiros e patrões.

Portanto internautas brasileiros em marcha: comecem a repensar os dizeres de sua indignação, escritos em suas faixas e em seus cartazes. Escrevam neles REFORMA POLÍTICA JÁ.


terça-feira, 11 de outubro de 2011

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

CARTA IMPUBLICÁVEL À REVISTA ÉPOCA



  
Os Estados Unidos precisam de trabalho, não de barulho. Será isso mesmo, senhor editor?

Assino Época para conhecer os argumentos da imprensa patronal sobre os temas em pauta.

É interessante o juízo que a sua revista faz de nós, seus leitores, certamente com base em alguma pesquisa. Interessante porque é o mesmo juízo que fazemos de vocês, com base na qualidade do trabalho jornalístico que vocês nos oferecem.

Superficialidades de ambos os lados à parte, com relação à notinha da página 11, edição de 10 de outubro de 2011, uma notinha, quase um silêncio, em função da importância, tamanho crescente e da relevância do fato, sobre a marcha de protesto do povo da mais importante cidade capitalista do mundo contra o terrorismo do capital.

É fácil entender o que é o terrorismo do capital pelas palavras dos próprios terroristas e pelas palavras e ações de suas vítimas mais importantes.

Um dos maiores terroristas, entre todos os grandes banqueiros judeus, Mayer Amschel (Bauer) Rothschild, declarou o seguinte: Deixe-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem redige as leis.

Trata-se de uma declaração cínica, mas absolutamente pertinente e verdadeira. Aliás, sem dar a mínima importância a quem governa, ou a quem redige as leis, os banqueiros judeus vêm fazendo isso impunemente, espoliando povos e nações no mundo inteiro, desde a idade média.

Sobre esse mesmo assunto, em 1881, o presidente norte americano James Garfield teve a ousadia de dizer num congresso de banqueiros que: Todo aquele que controla o volume de dinheiro de qualquer país é o senhor absoluto de toda indústria e comércio. Quando percebemos que a totalidade do sistema é facilmente controlada por um punhado de gente poderosa no topo, não precisamos que nos expliquem como se originam os períodos de inflação e depressão.

O presidente Garfield pagou com a vida pela ousadia de falar a verdade num ninho de cobras terroristas. Seis dias após proferi-las, James Garfield foi assassinado.

Foi nos anos sessenta, precisamente em novembro de 1963, que o processo de aniquilamento do estado e da autodeterminação dos povos ganhou impulso.


Nesse mês, os banqueiros judeus donos do Banco Central norte americano, conhecido como FED, uma instituição financeira privada denominada enganosamente de Federal Reserve, resolveram assumir, de fato e definitivamente, o governo da maior potencia econômica e militar da terra, anulando a soberania política do povo ianque e bloqueando qualquer iniciativa posterior de retomada do poder político pelos políticos.


Os banqueiros judeus tomaram de assalto o poder político nos Estados Unidos por duas razões principais: a primeira, foi para continuarem emitindo o dólar e continuarem controlando a sua circulação nos Estados Unidos e no mundo; a segunda razão, era para garantir a continuação das guerras imperialistas. Pois são as guerras e o controle da moeda de circulação global os principais ramos de seus negócios e as maiores fontes de seus lucros,


Esse golpe de estado dos banqueiros foi dado com muita competência, porque, desde então, haverá sempre um politico de fachada “governando” o país democrático de fachada e os banqueiros sempre mandando em quem governa.


Foi no instante em que o presidente John Kennedy anunciou planos e medidas jurídicas eficazes para sair da guerra do Vietnam e para acabar com o absurdo privilégio de uma instituição privada de banqueiros emitir e controlar o fluxo da moeda nacional no mercado, cobrando juros do governo federal, que ele assinou a sua sentença de morte, porque, naquele momento, Kennedy passou a ser um poderoso obstáculo à ganância sem limite dos principais terroristas do capital: os Rothschild; o Warburgbank of Hamburg; o Lehman Brothers; o Kuhn Loeb Bank; James Stillman; Jacob Schiff e outros mafiosos donos e controladores não só do Banco Central norte americano, o Federal Reserve, mas de todos os demais bancos centrais dos países capitalistas.


E esse instante aconteceu no dia 30 de junho de 1963. Nesse dia histórico, John Kennedy assinou e publicou a Ordem Executiva nº 11.110, transferindo para o Departamento do Tesouro os poderes de emitir o dólar, sem onerar o governo, e de controlar os bancos privados, estabelecendo o volume de moeda em circulação no mercado. Essa simples providência reduziria substancial e gradativamente a dívida pública dos Estados Unidos. Com essa lei, Kennedy retira dos banqueiros judeus terroristas e devolve ao governo federal o controle da economia americana e mundial.  
              

Uma grande quantidade de notas de 5 dólares foi emitida e posta em circulação pelo Departamento do Tesouro, lastreadas em prata.


Infalivelmente, como se deu nas vezes anteriores, em que outros presidentes e parlamentares norte americanos tentaram acabar com o Federal Reserve, quase cinco meses depois da promulgação da Ordem Executiva nº 11.110, no dia 22 de novembro de 1963, o presidente John Kennedy foi assassinado e logo depois o seu irmão Robert Kennedy e nada foi apurado sobre esse golpe de estado eficaz contra o povo dos Estados Unidos da América do Norte.


Apesar do Decreto nº 11.110 continuar em vigor, poucos dias após a cerimônia de sepultamento do presidente assassinado, as notas do Departamento do Tesouro foram retiradas de circulação e o Federal Reserve voltou a emitir o dólar sem lastro e a cobrar juros do governo federal, aumentando a dívida do país com os banqueiros privados. Dívida interna crescente, incontrolável, que é prioritariamente paga pelo governo com o resultado do confisco do patrimônio, da renda, do emprego, dos direitos trabalhistas e da aposentadoria digna dos cidadãos.


Em razão da degradação moral e da submissão das forças armadas e das elites de países periféricos, como o Brasil, Chile, Argentina, Peru, Bolívia e Paraguai, essas republiquetas latino-americanas foram as primeiras vítimas da nova política de estado dos banqueiros judeus nos Estados Unidos, que usaram o dinheiro, o serviço secreto e o aparato militar norte americano para derrubar governantes eleitos pelo voto popular, livre, direto e universal, manipulando as forças armadas desses países, para torturar e assassinar os heróis insurgentes, impondo o fim de qualquer compromisso social, econômico e cultural dos estados nacionais com as populações de seus países.


Devido ao sucesso dessa política nas republiquetas latino-americanas, ela foi estendida aos países mais desenvolvidos.


Em novembro de 1989, ocorreram dois fatos cruciais para a humanidade: a queda do muro de Berlim, simbolizando o fim da oposição armada e organizada do terrorismo soviético ao terrorismo do capital e o outro fato é que, no Consenso de Washington, os que mandam em quem governa ditaram as atuais regras globais do neoliberalismo econômico, para a expansão do terrorismo do capital, na Europa e no resto do mundo.


Como nos anos sessenta, os atuais protestos populares vão muito além de uma cidade, de um país, de um continente e se espalham pelo mundo. Os Estados Unidos, a Europa, a África e o Oriente Médio estão mergulhados em revoltas populares pela paz, pela liberdade, e contra o terrorismo do capital.

Mas não adianta essa marcha popular de agora sobre Wall Street  ficar fazendo barulho, como diz a sua revista, levantando cartazes e bandeiras, berrando e cantando palavras de ordem e frases de efeito, se o povo norte americano consciente, em marcha, mobilizado, não exigir do governo a imediata aplicação da Ordem Executiva nº 11.110, do dia 22 de novembro de 1963.


É preciso acabar imediatamente com o terrorismo dos banqueiros do FED, para evitar que o mundo continue caminhando para um trágico fim.


Assistindo hoje a revolta popular contra o capitalismo, no mundo inteiro, meio século após os anos sessenta, compreendemos que a tensão e a efervescência daquela década ainda não passaram. O terrorismo capitalista dos banqueiros cresceu e a reação dos oprimidos também. 


É imenso o tamanho dos anos sessenta! Uma década de sonhos e desilusões que parece que nunca vai acabar.


Enquanto isso, vocês enxergam apenas que os Estados Unidos precisam de trabalho e não de barulho. Essa frase feita deve ter dado trabalho e muito barulho.


PS. Como se trata de uma carta impublicável pela imprensa patronal, ela será publicada no blog    www.midialibre-lalado.blogspot.com

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A RESPEITO DO ESTADO PALESTINO




Quanto mais covarde e hipócrita é uma pessoa, mais arrogante e prepotente ela se torna.

E mais do que nunca, estamos assumindo o nosso papel de covardes passivos, nos submetendo à ambição dos mais arrogantes e prepotentes de todos os covardes ativos.

É deplorável assistir o discurso dos atuais governantes das grandes potências econômicas, a respeito do que eles batizaram de primavera oriental.

Manipulando a ONU e a OTAN, eles estão bombardeando populações de frágeis países, prioritariamente produtores de petróleo, fomentando guerras civis, para ampliar a sua antiga estratégia de derrubar governantes eleitos pelo voto democrático, passando também a combater seus antigos ditadores aliados, com a mesma finalidade impor a sua política colonialista.

Hoje, os governantes europeus e o norte americano, a pretexto de democratizar pequenos países e evitar o massacre das populações, eles armam, treinam e abastecem milícias que se insurgem contra ditaduras que, há pouco tempo, eles também armaram, treinaram, sustentam e sempre usaram no seu interesse.

O que foi que esses governantes fizeram ou disseram diante do massacre na Praça da Paz Celestial? E sobre os ativistas por justiça social, que estão hoje presos e são torturados nas masmorras chinesas? E o que eles dizem dessa infame ditadura comunista da China – ditadura de estado, de capital e de mercado - que mantém aprisionada na miséria a maioria da população escravizada, para que os mais ricos da elite de lá e os oportunistas de todo lugar acumulem cada vez mais riqueza. E sempre concentrem mais riqueza graças ao lucro exorbitante, insustentável sem a degradação da mão de obra e do meio ambiente e sem a falência da economia de governos que promovem melhores condições de vida ao trabalhador.

Todos os governantes ocidentais, todos - à exceção de John Kennedy, James Garfield e outros poucos mártires e heróis norte americanos e sulamericanos - não passam de capachos dos banqueiros, que controlam o fluxo do dinheiro, nessa hedionda ciranda do sistema financeiro global.

O terrorismo dos agiotas judeus não é de agora. Ele ganhou força e eficiência em plena idade média.

Invariavelmente dominados, perseguidos e escravizados pelos seus vencedores nos campos de batalha, os antigos judeus compensaram essa deficiência atávica aprimorando a sua capacidade comercial, com trabalho tenaz e absoluta dedicação à tarefa de acumular capital. E nesse ofício sempre foram insuperáveis.

No auge da idade média, os judeus já controlavam a melhor marinha mercante do mundo e os mais estratégicos entrepostos do comércio entre ocidente e oriente. Mas o transporte marítimo naquela época era uma empreitada muito arriscada, que exigia fibra e coragem dos navegantes globais. Uma razão a mais para os judeus se aperfeiçoarem no comercio terrestre, apresentando-se como depositários das mercadorias trazidas pelos navegantes. Como muitos deles nunca mais regressavam de suas jornadas pelos mares do mundo, os judeus foram se apropriando da renda das mercadorias não reclamadas e acumularam sem culpa, como seu, o capital de terceiros.

Além disso, na idade média, cada burgo com relevância econômica possuía a sua própria moeda. Os mercadores estrangeiros precisavam cambiar o metal ou a moeda que traziam pela moeda local, para viabilizar as suas pequenas e médias operações comerciais, em cada mercado ou feira por onde passavam. Os moneychangers judeus tiveram a iniciativa de monopolizar o câmbio e muito mais, pois continuaram a ser depositários dos bens e mercadorias dos comerciantes, porque não se usava a moeda nas maiores operações de comércio, mas transferências de fundos e valores, invariavelmente depositados com eles. E foi assim que os judeus inventaram o banco e se tornaram os mais importantes banqueiros globais.

Sem pátria e com o poder de emitir, controlar e cambiar a moeda de circulação global, como até hoje emitem e controlam na América do Norte, por meio de sua instituição privada denominada enganosamente de Federal Reserve, que esmaga o Departamento do Tesouro e asfixia a economia norte americana e global. Com isso os antigos moneychangers continuam sendo os maiores banqueiros agiotas do planeta. E ai de quem atravesse o caminho deles.

Porém, a brutal usura no trato com a moeda, que é, e desde o início o foi, o verdadeiro Deus supremo da humanidade, juntamente com o estúpido valor dos juros cobrados pela patológica ambição monetária dos agiotas judeus, provocaram reações iguais, no mesmo sentido e em direção contrária, por parte de seus falidos, porém poderosos clientes da aristocracia europeia.

E vieram mais perseguições, que pouparam os agiotas, por serem necessários à futilidade da corte, mas atingiram brutal e injustamente todo o povo judeu.

Para se preservarem, os banqueiros judeus se afastaram de seu povo, tornando-se uma horda sem honra e sem pátria, mantendo com seu povo apenas algumas públicas e notórias ações de filantropia, para bem aproveitar as melhores oportunidades de ganhar dinheiro, que só as guerras e as crises oferecem.

E assim, os agiotas judeus desestabilizaram o mundo e acumularam uma riqueza e um poder fantásticos com as chamadas guerras mundiais, principalmente com as duas primeiras, quando financiaram, com a mesma desfaçatez, tanto os campos de concentração nazistas, quanto os esforços de guerra das potências aliadas. E com igual desfaçatez foram novamente poupados por serem necessários à ambição insana de empresários e governantes e o seu povo mais uma vez massacrado.

Com o fim da segunda guerra mundial, os banqueiros judeus consolidaram o seu poder na naquela que emergiu da segunda grande guerra como a maior potência econômica e militar do planeta.

No começo dos tempos de paz do pós-guerra, esses agiotas financiaram o poderoso arsenal militar atômico de Israel, no intuito alcançado de que essa nova nação, bem equipada em armamentos, passasse a assegurar, no médio oriente, os conflitos armados necessários à continuidade dos lucrativos negócios dos banqueiros.

Como toda ação provoca reação igual, na mesma direção e em sentido contrário, com esse plano diabólico bem sucedido, o terrorismo do capital financeiro dos Rothschild e companhia produziram tanto Osamas Bin Ladens, quanto Idi Amins Dadás, e abomináveis reações em cadeia, no mundo inteiro, em escala incontrolável, pois só quem ganha com as guerras e com o terrorismo são a indústria bélica e os grandes banqueiros.

Pessoas de todos os povos, países e nações da terra possuem capital, empresas e negócios em outros países, sujeitando-se às leis e à soberania do estado estrangeiro. Portanto, é necessário, por uma simples questão de justiça e equidade, que seja reconhecido imediatamente o Estado Palestino, com o mesmo território existente antes da guerra de 1967 e tendo Jerusalém, capital dos dois estados, como um santuário livre da humanidade, administrado conjuntamente por judeus e palestinos.

Ninguém vai precisar abandonar a terra onde vive. As propriedades lícitas e as comunidades judias implantadas em território palestino vão prosperar em paz, protegidas pelo povo e pela lei do novo estado. Não se trata de uma utopia. Isso é tão possível como o sol, que brilha para todos, quando se dissipam as nuvens densas da intolerância.

Todos os povos e nações são e devem ser iguais perante todos e perante a lei. E precisam viver em paz. Será que vamos ter que engolir a arrogância e a prepotência da maioria da população e do governo de Israel, por eles se acharem o povo eleito de um deus mitológico, clonado do Livro dos Mortos dos egípcios, e melhores do que os outros cidadãos do mundo?

É só aguardar para ver se vão prevalecer a velha atitude e o discurso surrado dos governantes europeus e norte americano, capachos do terrorismo do capital. Caso prevaleça essa omissão genocida, continuaremos aguardando sempre igual reação dos oprimidos à esse famigerado terror capitalista, que, desgraçadamente, atinge a todos nós.

Que merda de mundo nós construímos, num planeta tão azul e tão bonito, que nós estamos destruindo, com nossa omissão, arrogância e prepotência de covardes?