segunda-feira, 12 de março de 2012

A Casa da Aranha




Estamos dando início a mais um trabalho social voluntário de construção coletiva e a sua participação valoriza o nosso trabalho. Leiam o texto abaixo até o final e, se puderem, encaminhem para os seus amigos. Será mais uma linda teia de relações, compondo a unidade da vida. 


A casa onde moro
é como a casa da aranha,
ser cuja alma
tem a  transparência da seda
e cuja casa é feita
com a seda de sua própria alma.

Criada em janeiro de 1985, na ilha de Itaparica, Bahia, para ser um núcleo aberto de vida e trabalho sustentáveis, em harmonia com o meio ambiente, voltado para a verdade, a fraternidade, a liberdade e para a igualdade social, a Casa da Aranha é uma comunidade de praticantes do budismo não religioso e não devocional, o mesmo budismo praticado por Buda e seus amigos. Seu estatuto segue a forma da lei, mas o Regulamento da Comunidade de Praticantes Budistas da Casa da Aranha tem apenas duas regras, expressas em dois artigos apenas:
Artigo 1º - Amar a si próprio acima de todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo;
Artigo 2º - Falar unicamente a verdade, ou ficar no nobre silêncio.

A prática do budismo original baseia-se no conhecimento e na compaixão, entendidos de maneira diversa do significado que tem no mundo ocidental capitalista. No mundo capitalista, conhecimento é sinônimo de saber, depende do grau e da qualidade da instrução, e compaixão é sentir-se melhor e mais afortunado do que os que sofrem, ser solidário com eles, ter pena ou dar esmolas.  Na Casa da Aranha, conhecimento é sinônimo de compreensão livre: é compreender o bem e o mal e compreender que a causa do mal é a raiva, a inveja, a mentira e a ilusão e que a causa do bem é a libertação da raiva, da inveja, da mentira e da ilusão e também compreender que tudo que é material é impermanente, impessoal e insatisfatório. Na Casa da Aranha um analfabeto é livre e pode ter conhecimento e um doutor também é livre e pode ser ignorante. Para os praticantes budistas da Casa da Aranha, compaixão é sentir-se igual ao outro, nem melhor nem pior do que ninguém, dar a mão aos que sofrem e caminhar com eles para longe do sofrimento.

Como Buda sabia, os praticantes budistas da Casa da Aranha também sabem que tudo em nossa volta é ilusão. Nossos pais nos enganam, geralmente de boa fé, porque também foram enganados por seus pais; as religiões nos enganam,  o sistema nos engana, os patrões e os políticos também nos enganam, só que esses nos enganam de má fé.

Como alternativa para a ilusão e para a usura assassina das indústrias farmacêutica e de alimentos, que só visam o lucro, quando fabricam e nos vendem remédios e alimentos nocivos, não metabolizados pelo nosso organismo, comprometendo as nossas células e provocando outras doenças, principalmente o câncer, além de deformar o nosso corpo com a obesidade, a invalidez precoce e a má formação de fetos, causando doenças degenerativas e autoimunes, a Casa da Aranha terá uma unidade de medicina tradicional, pesquisa e produção de remédios fitoterápicos, estimulando a produção de plantas e árvores medicinais no seu entorno, adquirindo matéria prima dos moradores da região, gerando renda e promovendo a preservação do meio ambiente, com base no conhecimento e nos ensinamentos do Dr. André Zayit. Terá um núcleo de produção de alimentação vegetariana viva, com base nos ensinamentos do Dr. Alberto Gonzalez, no seu livro Lugar de médico é na cozinha, e terá uma horta orgânica, com base nos ensinamentos de Edson Hiroshi Séo, no seu livro A unidade da vida, tudo isso em meio a 25 mil metros quadrados de mata atlântica preservada, no distrito de Barra do Pojuca, em Camaçari, Bahia.

Como alternativa para ao ensino alienante, imposto pelo sistema, a Casa da Aranha terá uma escola aberta, que, além do previsto no currículo obrigatório, capacitará seus alunos na prática de yoga, massoterapia e outras terapias não invasivas e discutirá a verdade, habilitando seus alunos para uma vida digna, com base no conteúdo do livro O caminho da Casa da Aranha, de Luiz Eladio Humbert (Lalado), o fundador da comunidade de praticantes budistas da Casa da Aranha, principalmente porque a cada ano, apenas no Brasil, acontecem 1 milhão de novos casos de câncer e 400 mil mortes por câncer, provocados  pelo uso indiscriminado de agro tóxicos nas monoculturas predatórias do agronegócio,  que mantém a economia do país na mesma situação da época colonial. Apesar de sua riqueza em recursos naturais, as classes dominantes querem assegurar a desigualdade social e a concentração de renda, fazendo do Brasil um país pobre, com sua população alienada; país que exporta produtos primários baratos e importa produtos industrializados de alto valor agregado.  

Com essa finalidade, as classes dominantes e sua mídia patronal mantém a população iludida, estimulando a divulgação de propaganda enganosa e de programações alienantes nos meios de comunicação de massa. A Casa da Aranha tem a educação artística como alternativa a esse desastre sociocultural, através da formação e capacitação de artistas, oriundos da população carente do seu entorno, para a criação, produção, montagem e apresentação de teatro, dança e música.

Ajude a construir a Casa da Aranha de Barra do Pojuca, adquirindo o livro O caminho da Casa da Aranha.




  

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