terça-feira, 4 de novembro de 2014

“Fora, Dilma e leve o PT com você”.



FORA Dilma, e leve o PT junto




Ultimamente, fala-se muito de corrupção. Ferve nos corações e mentes vejistas elitistas um ódio fora de controle contra corruptos e corruptores do PT, aparentemente os únicos gananciosos que desviam o dinheiro público para seus bolsos privados.

Assalto ao tesouro inesgotável, que a natureza reservou ao Brasil, isso existe desde que o primeiro invasor europeu pisou no solo brasileiro, no fim do século 15, comecinho do século 16.

Cinco séculos se passaram desde então, mas a forma violenta e selvagem com que esse assalto é praticado até hoje pela elite dominante e por seus representantes no governo, para o bem do terrorismo do capital financeiro internacional, vem se aprimorando ao longo do tempo e ganhou esse apelido de corrupção.

No começo, a corrupção era oculta, por baixo do pano, dissimulada e causava vergonha. Hoje ela é aberta, acintosa, dá prestígio e acesso a corruptos e corruptores aos grandes salões da república e da alta sociedade brasileira. Hoje ser corrupto é ser celebridade.

O atual ciclo da corrupção no Brasil começou em 31 de março de 1964, malfadado dia em que os terroristas do capital financeiro internacional depuseram o último presidente eleito legitimamente e começaram a governar o país. Inicialmente usando os seus capachos militares e depois esses capachos civis que usam até hoje.

Estava, pois, inaugurada a era da corrupção aberta, ostensiva e honorável, graças à impunidade seletiva, garantida pelas forças armadas e fortalecida pela covardia dos generais “presidentes” torturadores. Ninguém podia falar nada, se não, desaparecia!

Esse ambiente propício ao crime foi ardilosamente preparado para que o terrorismo do capital financeiro internacional, sediado no Federal Reserve (FED) – o Banco Central norte americano, que é privado e pertence aos banqueiros judeus de Wall Street – emprestasse ao Brasil montanhas de dólares sem lastro, que o próprio FED emite ao seu bel prazer.

Os milicos brasileiros, funcionários do FED, investiram menos de 20% dessa dinheirama emprestada em obras superfaturadas de infraestrutura e mais de 80% para financiar o holocausto de patriotas valentes e esclarecidos, porque eles resistiram ao golpe de estado e lutavam para devolver ao país o estado democrático de direito e para impedir o calvário do povo brasileiro.

Foi nessa época que Eliezer Batista, presidindo pela segunda vez a Companhia Vale do Rio Doce, loteou o subsolo brasileiro e vendeu ao Japão o nosso minério a preço de banana. O Japão, além de lhe conceder uma medalha de honra ao mérito, teve que estocar na Austrália o minério roubado do Brasil, por falta de espaço físico em seu território. Com a impunidade assegurada pelos canhões militares, Eliezer pode guardar a sua propina em paraísos fiscais e depois transferi-la para o seu filho Eike.

Com o fim da fase militar da ditadura do capital financeiro, a imprensa patronal substituiu as forças armadas na tarefa de blindar a roubalheira da elite dominante e de seus representantes no governo. A missão então passou a ser a de dopar e alienar a população com propaganda massiva, concebida para esconder a verdade e divulgar imbecilidades.

Para isso, muito dinheiro público, e depois de dizimistas também, foi desviado para transformar um jornaleco asqueroso e pré falido - semelhante a uma abóbora apodrecendo no quintal de Cinderela - numa fantástica e imensa carruagem de fogo contra os brasileiros, chamada de Organizações Globo, ou Rede Record, ou Rede Bandeirantes, ou Sistema Brasileiro de Televisão e satélites inexpressivos da mídia patronal marrom, impressa e digital.

No começo da década de 1980, os países devedores da dívida contraída junto a bancos privados internacionais, controlados pelo FED, entraram numa crise catastrófica, depois que os bancos elevaram unilateralmente as taxas de juros de 5% ao ano, para mais de 20%.  Crise da mesma natureza que hoje asfixia a Grécia, a Espanha, a França, a Itália e Portugal, só para citar os casos mais graves.

Por causa dessa crise, o Brasil ficou mais de seis anos sem pagar as parcelas mensais da dívida e não foi instado a fazê-lo pelos credores, aparentemente saciados de tanto abuso e, com isso, obteve o direito à ratificar nas cortes internacionais a prescrição da totalidade de sua dívida externa com os bancos privados internacionais, como fez o Equador. Isso de acordo com as cláusulas contratuais e com as normas legais que regiam os respectivos contratos de empréstimo.

A prescrição da dívida externa seria um alívio para o Brasil, se Fernando Henrique Cardoso não tivesse proposto e negociado com os banqueiros do FED um artifício diabólico, baseado em renúncia do direito à prescrição e renúncia da soberania brasileira, para ressuscitar e atualizar a dívida prescrita.

Não satisfeito, Fernando Henrique Cardoso cria e sanciona a Lei de Responsabilidade Fiscal, que entre outras coisas aparentemente legítimas, obriga o governo brasileiro a estabelecer e cumprir metas de superávit primário em suas contas públicas, impondo o governante a destinar prioritariamente o valor desse superávit ao pagamento das parcelas mensais da dívida, em detrimento de qualquer investimento social, por mais urgente e prioritário que seja, sob pena do governante incorrer em crime de responsabilidade.


Atualmente, o Brasil paga aos banqueiros privados internacionais mais de 2 bilhões e 500 milhões de reais DIÁRIOS dessa dívida fraudada, valor que certamente é dividido meio a meio entre os banqueiros que recebem e um Fundo bilionário, pertencente ao governante que ressuscitou a dívida e pagou juros e parcelas dessa dívida morta, durante os seus dois mandatos de Presidente da República e aos governantes do PT que continuam pagando. É tanto dinheiro que abastece esse fundão, que a somatória do valor de todos os mensalões da ARENA, do PT, do PSDB e do DEM corresponde a um pequeno grão de areia, no meio de um deserto sem fim.

Devassada por todo tipo de ação investigativa contra ela pela famigerada mídia patronal, crime algum foi apurado contra Dilma Rousseff e só restam os fatos de que ela sempre foi valente, honesta, coerente e brilhante; que arriscou a vida, foi perseguida, presa e torturada pelos milicos, por se insurgir contra o golpe de estado, lutando para devolver ao Brasil o estado democrático de direito e livrar o povo da miséria. Ela foi vencida nessa luta desigual, mas voltou como Presidenta da República, eleita pelo voto direto, livre e democrático, para tirar da miséria milhões e milhões de brasileiros, homens, mulheres e crianças, vitimados pela política econômica do neoliberalismo elitista.

Esse atual clamor popular, orquestrado pelas elites dominantes, de “Fora, Dilma e leve o PT com você”, nos lembra o episódio bíblico, de quando Pilatos exibiu dois condenados ao povo ensandecido, pedindo que ele escolhesse um deles para ser anistiado da crucificação. O povo robotizado salva Aécio Mudança Barrabás e crucifica Dilma Corrupta Salvadora.

Passados mais de dois mil anos desse episódio, o povo alienado é lembrado pela sua babaquice, Aécio Mudança Barrabás completamente esquecido, deixado para trás, e Dilma Salvadora Crucificada, reconhecida e aclamada como a Redentora da humanidade.

PS. Mas Dilma Rousseff não é tão santa assim. Ela vem cometendo o crime hediondo e inafiançável de rasgar a Constituição, que jurou defender, e continuar pagando uma dívida externa que a CPI Constitucional mista provou que é indevida, fraudada e imoral. E agora nós sabemos porque a Veja não denuncia esse crime.


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