Sem
educação, sem instrução e sem conhecimento, porque não é informada, a maioria
de nós sofre de algum tipo de doença, porque consome alimentos e produtos
farmacêuticos nocivos.
É de
pacifico conhecimento cientifico que o nosso organismo, ao metabolizar o
açúcar, usa e esgota a reserva de cálcio de nosso corpo, fragilizando os ossos
e provocando depressão.
Também
é do conhecimento cientifico que a maioria dos produtos farmacêuticos contém
substancias sintéticas, incompatíveis com o nosso metabolismo e que, após mascarar um
sintoma de doença, não são eliminadas do nosso corpo, permanecendo encasuladas
nas células, que se degeneram com o tempo, provocando tumores malignos,
chamados popularmente de câncer.
Portanto,
sem educação, sem instrução, sem conhecimento e sem informação, a maioria de nós
está enferma, abatida por drogas lícitas e por consumo de alimentos
processados. Os primeiros sinais visíveis da doença são o excesso de peso,
barriga dilatada, displasia, obesidade - que já é uma pandemia - porque nós
vivemos mal e somos pessimamente remunerados e tratados como mercadorias
descartáveis, com a missão social de consumir tudo que a propaganda sugere,
para o bem e a riqueza de quem nos explora.
E foi
com muita tristeza que escrevi os versos do inevitável caminho do nosso
desencontro, em homenagem às lindas, doces, e meigas musas da minha mocidade,
vítimas da gula, da usura do obeso sistema neo liberal, que só prioriza, ampara e protege o lucro e o mercado.
Os
inevitáveis caminhos do desencontro.
Lindas,
soltas, inteligentes,
as
envolventes, sedutoras, rebolantes
adolescentes
aqui da ilha
abraçavam-me
como o pai
que
elas gostariam de ter,
enquanto
eu, seduzido e torturado
no
desprezo de tão formidável encanto,
só
pensava em casar com uma delas,
para
parar de tanto de amor sofrer.
Mas o
tempo,
no seu
inexorável e terrível caminhar,
foi
pintando mais azul
o mar
em volta da ilha
e de
branco os meus cabelos
de fios
ruivos, negros e castanhos,
como os
castanhos cabelos de minhas filhas.
E hoje,
sexagenário e fiel,
estou
casado indissoluvelmente
até o
meu fim
com a
minha única companhia,
adorável
e possível,
que sou
eu mesmo para mim.
Maduras,
rechonchudas, peitudas e enfermas,
barrigudas
imagens de uma decadência descontrolada,
muito
triste e desnecessária de se viver,
as
deslumbrantes meninas de outrora
que, apartadas
de seus encantos,
perderam-se
no caminho,
desistindo
de um envelhecimento tranquilo,
saudável como o meu,
elas entendem somente agora
que sou
o homem, o amante, o marido,
que sempre sonharam ter.
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