Prezado senhor deputado ACM Neto
Venho
expor os motivos que me fazem ter asco da cultura política brasileira, nessa
pseudo democracia em que vivemos, mas que não passa de uma apodrecida ditadura civil
neoliberal colonial, principalmente em época de campanhas eleitorais, o que me
leva a anular o meu voto, em todas as eleições sem Leonel Brizola como
candidato.
E o
escolhi para esse desabafo por causa da minha grande admiração e respeito pela
sua coragem. O senhor é dessas raras pessoas que ousaram desafiar o
temperamento implacável de seu avô e sobreviveu ao desafio, quando, em rede nacional, disse, para o
país inteiro ver e ouvir, que todo político corrupto que renuncia ao mandato, para não ser
cassado, é culpado até morrer. E foi dita e feita essa pura verdade. Sem falar na sua valentia de ameaçar da tribuna
parlamentar dar uma surra em quem é mais avantajado do que o senhor, tanto
política, quanto fisicamente.
Herdeiro
de uma incalculável fortuna cor-de-rosa, de origem escancaradamente suspeita e jamais
investigada, o senhor não precisa mais participar da gincana de mensaleiros e
propineiros que domina o congresso e o judiciário e pode se dar ao luxo de ser o
político honesto que aparenta ser, com as virtudes e sem as deformações de
caráter, orgulhosamente ostentadas pelo seu avô. Além disso, o seu tipo físico
denuncia a sorte do senhor ter em sua natureza o predomínio do sangue mais que positivo
de sua virtuosa avó.
A sua
imagem pública é de um político sério, marido e pai exemplar, sem filhos
bastardos conhecidos e incapaz de submeter a sua família ao escárnio de trair e
humilhar publicamente a sua mulher, no afã de perseguir e castigar os ricardões e
gigolôs de suas amantes.
Não lhe
faltam, portanto, credenciais para postular qualquer cargo eletivo, malgrado o
fato do senhor ser mentor, aliado e cúmplice do atual prefeito e de sua equipe ainda ocupar
muitos cargos importantes e várias secretarias no governo municipal e do
senhor haver sucumbido pateticamente nessa sua desastrosa gestão ao lado do
abúlico fantoche João Henrique.
A fase
militar da ditadura neoliberal, iniciada em abril de 1964, só foi capaz de
construir túmulos sem corpos para os insepultos heróis da legalidade e da
democracia, deixando pais sem os corpos mutilados de seus filhos, viúvas sem os
corpos torturados de seus maridos e filhos sem os corpos fuzilados de seus
pais, graças ao competente apoio de pervertidos oligarcas provincianos, como o
seu avô, e graças ao seu demoníaco partido político, esse filho abjeto concebido no
útero maldito da fase militar da ditadura neoliberal, partido que nasceu
chamado de Arena e troca de nome como um criminoso foragido.
Seu partido político defensor intransigente do capitalismo, esse mesmo capitalismo neoliberal que promove a mercantilização do mundo, crises econômicas, caos social, fome, desemprego, arrocho salarial e impõe a trabalhadores e a aposentados uma vida de cachorro sem dono, sem direito ao ensino de qualidade, à assistência médica eficiente, à dignidade e os mantém acorrentados a muitas dívidas e impostos, para sustentar a usura da elite dos patrões, que o seu partido bajula e representa, nesse jogo político imundo do sistema neoliberalista.
Seu partido político defensor intransigente do capitalismo, esse mesmo capitalismo neoliberal que promove a mercantilização do mundo, crises econômicas, caos social, fome, desemprego, arrocho salarial e impõe a trabalhadores e a aposentados uma vida de cachorro sem dono, sem direito ao ensino de qualidade, à assistência médica eficiente, à dignidade e os mantém acorrentados a muitas dívidas e impostos, para sustentar a usura da elite dos patrões, que o seu partido bajula e representa, nesse jogo político imundo do sistema neoliberalista.
Mas
nada disso se leva em conta na mente da maioria do povo neoliberal, alienado,
mal formado, mal instruído, que aceita o seu destino de sub-humanos, de
pré-macacos, tirando os pés do chão, levantando as mãozinhas e requebrando na
boquinha da garrafa.
Mas o
senhor sabe, e finge que não sabe, que por trás das pesquisas de opinião e
dessa permanente aparência de eterna alegria festiva da baianidade nagô o que
existe é choro desesperado de cachorro preso e faminto e a sua missão política
é a de enganar e de trair o povo, que o senhor finge
representar, para conservar tudo como está e como sempre foi.
Atenciosamente
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