Toda vez que Washington, sempre
a serviço de Wall Street, intervém numa republiqueta latino-americana, a razão
é sempre a mesma: impedir reformas estruturais que acabem com o modelo
econômico colonial, baseado no latifúndio, na concentração de renda, na monocultura,
na exportação de produtos primários, como, grãos, bananas, minérios, à preços
abaixo do mercado, e importação de produtos industrializados, como doce de
banana, máquinas, equipamentos e automóveis, à preços superfaturados.
A união, a emancipação e a
soberania da América Latina, a utopia Bolivariana é, e sempre foi, um pesadelo
terrível para Wall Street, assim como é e foi a expansão do comunismo ou do
socialismo, já que ambos devoram criancinhas.
O método imperialista das
diferentes formas de intervenção baseia-se em duas premissas recorrentes. A
primeira é a total incapacidade, despreparo e incompetência do patronato nativo para o progresso.
A elite de América Latina não
produz, nem dá oportunidade para o proletariado produzir “Henris Ford”, “Thomas
Edisons” ou “Bill Gates” e “Steves Jobs”. A América Latina, quando muito, só
produz “Eikes Batistas”, e isso graças ao dinheiro lavado de seu pai Eliezer,
manjado filhote da ditadura, ex-ministro das minas e da energia, que acumulou
fortuna incalculável, escondida em paraísos fiscais, exportando o minério de
ferro do nosso país, à preços vis, principalmente para o Japão. O mesmo que a
Companhia Vale do Rio Doce piratizada continua fazendo.
A segunda premissa é a
subserviente colaboração da imprensa golpista patronal latino-americana,
formando a opinião pública com o ponto de vista do patronato, usando sofismas, falácias
e manipulando informações.
O método de intervenção
imperialista também varia geograficamente e de acordo com o peso estratégico
dos recursos cobiçados.
Hoje, no oriente médio do
petróleo, o imperialismo derruba ditaduras para implantar regimes
“democráticos” subservientes, enquanto, na América Latina, promove golpes de estado derrubando
presidentes eleitos pela vontade popular, agindo contra o chamado estado
democrático de direito, para impor ditadores neonazistas conservadores e,
também subservientes.
O proletariado é a maioria
eleitoral em qualquer país e, por causa de sistemas políticos ultrapassados e jamais reformados, vota em políticos que não representam os seus
interesses nos parlamentos, mas sim os interesses de quem paga mais pelo seu
voto, seguindo à risca as regras do jogo capitalista.
É assim também no Paraguai e
Washington sabe muito bem disso. Barack Obama que o diga se não é exatamente
igual ao que acontece em seu país, onde
também o assalariado paga mais imposto de renda do que um magnata e o Congresso
impede qualquer mudança nesse triste quadro social.
Aqui no Brasil, do ponto de
vista do proletariado esclarecido, durante os governos neoliberais elitistas
neonazistas e antes desses dois governos neoliberais populistas do PT das
maracutaias, o Brasil estava pior do que a Grécia de hoje. Devia a alma ao FMI e ao Banco Mundial de
Wall Street e tomava novos empréstimos só para pagar juros, elevando o
principal da dívida pública a patamares catastróficos. O povão de então passava
fome e ficava mais miserável a cada dia.
Foi preciso que uma mente
política brilhante, vinda do proletariado, suplantasse em ideias e soluções
neoliberais as acadêmicas cabeças empedernidas e mofadas do patronato, para que
o proletariado melhorasse a sua condição humana e social. Com a ascenção social
de quem vivia na miséria e na pobreza, o mercado consumidor capitalista foi
ampliado no Brasil, provocando um inesperado impulso na economia.
Por fim, em nome das
empreguetes e dos empreguetos latino-americanos, cabe lembrar que a nojenta e
entojada elite e os assalariados estúpidos da classe média brasileira, que
estão momentaneamente um pouco acima financeiramente dos outros proletários, não se conformam
em ver a invasão de pés de chinelos nos assentos juntos aos seus, em aviões de
carreira, nem a invasão de farofeiros em restaurantes de luxo, que eles
frequentam com relativa assiduidade.
E menos ainda suportam ver sem
terra tendo terra para trabalhar.
Então só resta às elites urrar
de ódio, bater as perninhas de malcriação e aguardar que Washington providencie
mais um golpe de estado em nosso combalido e depredado continente colonial.
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