sexta-feira, 6 de julho de 2012

Paraguai, mais um golpe do imperialismo.


Toda vez que Washington, sempre a serviço de Wall Street, intervém numa republiqueta latino-americana, a razão é sempre a mesma: impedir reformas estruturais que acabem com o modelo econômico colonial, baseado no latifúndio, na concentração de renda, na monocultura, na exportação de produtos primários, como, grãos, bananas, minérios, à preços abaixo do mercado, e importação de produtos industrializados, como doce de banana, máquinas, equipamentos e automóveis, à preços superfaturados.

A união, a emancipação e a soberania da América Latina, a utopia Bolivariana é, e sempre foi, um pesadelo terrível para Wall Street, assim como é e foi a expansão do comunismo ou do socialismo, já que ambos devoram criancinhas.

O método imperialista das diferentes formas de intervenção baseia-se em duas premissas recorrentes. A primeira é a total incapacidade, despreparo e incompetência do patronato nativo para o progresso.

A elite de América Latina não produz, nem dá oportunidade para o proletariado produzir “Henris Ford”, “Thomas Edisons” ou “Bill Gates” e “Steves Jobs”. A América Latina, quando muito, só produz “Eikes Batistas”, e isso graças ao dinheiro lavado de seu pai Eliezer, manjado filhote da ditadura, ex-ministro das minas e da energia, que acumulou fortuna incalculável, escondida em paraísos fiscais, exportando o minério de ferro do nosso país, à preços vis, principalmente para o Japão. O mesmo que a Companhia Vale do Rio Doce piratizada continua fazendo. 

A segunda premissa é a subserviente colaboração da imprensa golpista patronal latino-americana, formando a opinião pública com o ponto de vista do patronato, usando sofismas, falácias e manipulando informações.

O método de intervenção imperialista também varia geograficamente e de acordo com o peso estratégico dos recursos cobiçados.

Hoje, no oriente médio do petróleo, o imperialismo derruba ditaduras para implantar regimes “democráticos” subservientes, enquanto, na América Latina,  promove golpes de estado derrubando presidentes eleitos pela vontade popular, agindo contra o chamado estado democrático de direito, para impor ditadores neonazistas conservadores e, também subservientes.

O proletariado é a maioria eleitoral em qualquer país e, por causa de sistemas políticos ultrapassados e jamais reformados, vota em políticos que não representam os seus interesses nos parlamentos, mas sim os interesses de quem paga mais pelo seu voto, seguindo à risca as regras do jogo capitalista.

É assim também no Paraguai e Washington sabe muito bem disso. Barack Obama que o diga se não é exatamente igual ao que  acontece em seu país, onde também o assalariado paga mais imposto de renda do que um magnata e o Congresso impede qualquer mudança nesse triste quadro social.

Aqui no Brasil, do ponto de vista do proletariado esclarecido, durante os governos neoliberais elitistas neonazistas e antes desses dois governos neoliberais populistas do PT das maracutaias, o Brasil estava pior do que a Grécia de hoje.  Devia a alma ao FMI e ao Banco Mundial de Wall Street e tomava novos empréstimos só para pagar juros, elevando o principal da dívida pública a patamares catastróficos. O povão de então passava fome e ficava mais miserável a cada dia.

Foi preciso que uma mente política brilhante, vinda do proletariado, suplantasse em ideias e soluções neoliberais as acadêmicas cabeças empedernidas e mofadas do patronato, para que o proletariado melhorasse a sua condição humana e social. Com a ascenção social de quem vivia na miséria e na pobreza, o mercado consumidor capitalista foi ampliado no Brasil, provocando um inesperado impulso na economia.

Por fim, em nome das empreguetes e dos empreguetos latino-americanos, cabe lembrar que a nojenta e entojada elite e os assalariados estúpidos da classe média brasileira, que estão momentaneamente um pouco acima financeiramente dos outros proletários, não se conformam em ver a invasão de pés de chinelos nos assentos juntos aos seus, em aviões de carreira, nem a invasão de farofeiros em restaurantes de luxo, que eles frequentam com relativa assiduidade.

E menos ainda suportam ver sem terra tendo terra para trabalhar.

Então só resta às elites urrar de ódio, bater as perninhas de malcriação e aguardar que Washington providencie mais um golpe de estado em nosso combalido e depredado continente colonial.




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