Não é justo,
não é honesto, portanto não deveria ser tão admissível que o mundo exista
apenas para que bilhões de pessoas vivam para trabalhar, penar, sobreviver sem
a mínima estabilidade e segurança e ser estupidamente tributada, sem retorno de
benefícios sociais, para que uma minoria insignificante prospere, lucre,
enriqueça e acumule toda a riqueza do planeta, que é fruto da terra, do trabalho e do sofrimento de quase toda a
humanidade.
Num lapidar
artigo publicado na edição nº 180 de Caros Amigos, José Arbex Jr. aponta alguns
fatos cruciais que vêm acontecendo na atualidade e desde o tempo em que as
pessoas mais gananciosas e egoístas cercaram terras e proclamaram: “Isso aqui
agora é meu.”.
Hoje o Facebook
tem 1 bilhão de pessoas inscritas, o mesmo número de pessoas famintas que padecem
pelo mundo. Entre esse bilhão de pessoas integradas e o outro bilhão de
miseráveis excluídos do sistema, mais de 4 bilhões de seres humanos lutam
diariamente para integrar-se e escapar da fome e da miséria. Mas a realidade do
sistema capitalista é que ele é muito ágil e eficiente para aumentar o número
de miseráveis e desinteressado e incapaz de incluir todos os seres humanos.
De nada adianta
pessoa alguma – é pura ilusão – e governo algum – é demagogia nojenta – lutar
contra a pobreza sem que esta luta esteja associada a um processo vigoroso de
transformação social.
Como se vê, o
plano do imperialismo, principalmente do imperialismo de Wall Street e de Tel
Aviv, é fomentar rebeliões populares para derrubar governantes de países
produtores de petróleo, sem que se assegurem às populações “rebeladas”
garantias concretas de liberdade, representatividade, justiça social e melhoria
das condições de vida. Com essa manobra, governantes independentes, ditadores
ou não, são substituídos por fantoches subservientes ao imperialismo.
Nenhuma análise
da atualidade é correta se não for baseada no fato de que o Federal Reserve
(FED, e como fede!), o Banco Central norte americano, é uma instituição privada
pertencente a gananciosos banqueiros, majoritariamente judeus, que emite
dólares sem lastro, à seu critério soberano, e controla o fluxo da moeda norte
americana, à seu critério incontestável, pelas economias do mundo inteiro, impondo
o dólar como a única moeda universalmente aceita nas transações globais. Desde
a idade média, a usura dos banqueiros judeus é a origem do terrorismo do
capital, que causa todas as guerras, toda a fome e a miséria crescente no
planeta.
E como toda
ação gera uma reação igual, em sentido contrário e que deveria ser na mesma
direção, como Newton demonstrou matematicamente, o terrorismo dos oprimidos,
porém, erra o alvo e a direção, atingindo inocentes e preservando a vida e a prosperidade
dos banqueiros do FED, mentores do terrorismo do capital, os verdadeiros
algozes da humanidade.
Na concepção
ocidental, envenenada pela simbiose maléfica do capitalismo com o cristianismo,
compaixão é sentir-se melhor, mais afortunado, mais abençoado do que os que sofrem,
ter piedade, ser solidário e dar esmolas. Mas isso não é compaixão. Isso se
chama oportunismo. Compaixão é
sentir-se igual ao outro, nem melhor nem pior do que ninguém, dar a mão aos que
sofrem e caminhar com eles para longe do sofrimento.
Baseados nessa
espúria concepção ocidental de compaixão, os governos submissos a Wall Street
dão esmolas aos miseráveis, que emergem da lama para o quarto de despejo da
classe média, a chamada classe média C, mal instruídos, desinformados e deslumbrados
com as quinquilharias eletrônicas e os carros vagabundos que adquirem com
crédito caro e farto, tornando-se massa de manobra para engrossar o apoio à
ação fascista repressiva da polícia contra os excluídos, identificados como
“drogados” e “vagabundos” pela mídia patronal.
Os emergentes
de uma situação de miséria para a pobreza de alto risco somam-se “à classe
média leitora entusiasta de Veja e contribuem para criar no Brasil o perigoso
clima de indiferença aos direitos humanos e cada vez mais simpáticos ao
fascismo”, com escreve com precisão José Arbex Jr.
É muito mais
fácil ser fascista e fazer como Hitler, Merkel e Sarkozy, que apontam os
imigrantes pobres, os socialistas, os “vagabundos” gregos, os “atrasados”
portugueses como os inimigos a combater. E também é muito mais seguro do que
acabar com os privilégios dos banqueiros, libertando-se de seu domínio,
decretando moratórias de dívidas contraídas com esses agiotas e passar a usar o
superávit primário para promover as reformas sociais, que venham assegurar a
verdadeira representatividade do povo no Congresso e garantir as conquistas
trabalhistas e um resto de vida digna aos aposentados.
Mas a questão
crucial é que a violência popular de base e a criminalidade estão crescendo
assustadoramente e fora de controle. Ou se fazem as mudanças e as reformas sociais
e políticas urgentes e necessárias, assegurando uma transição pacífica para um
verdadeiro estado democrático de direito, o que só é possível com justiça,
inclusão e igualdade social, ou o governo, o sistema e os covardes fascistas do
sistema vão amargurar uma sangrenta derrocada, quando a violência popular e a criminalidade forem canalizadas
para uma luta organizada de libertação.
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