Pela primeira
vez na história, a humanidade se depara com um acontecimento inconcebível,
impensável, sublime, que coloca o desprotegido calcanhar de Aquiles do
famigerado sistema financeiro internacional na mira de um referendo grego.
Os banqueiros, que
sempre lucraram somas espantosas, acumularam riqueza incalculável e poder acima
de qualquer controle, manipulando governos, espoliando pessoas, a custa da
miséria, da fome e da destruição da humanidade e do meio ambiente, estão diante do fim do seu império.
Esses vampiros
que promovem guerras, para ampliar e sustentar o seu mercado, emprestando
dinheiro a ambos os lados em conflito, financiando tanto a ambição de Hitler e
o holocausto dos judeus, quanto o esforço de guerra dos aliados, como aconteceu
na segunda grande guerra europeia, agora se vêm na beira do precipício de sua
destruição, que trará ao mundo a paz, a justiça e a igualdade que ele nunca
viu.
É óbvio que o
lacaio mor do sistema capitalista, a imprensa patronal, vai anunciar o caos, a
falência da Grécia, divulgando mitos e mentiras, antevendo mais desgraça para
os desgraçados, usando o seu terrorismo para impedir o justo calote grego, como
fizeram para tentar impedir o recente calote da Argentina, que renasceu soberana
do seu calote benigno, livre dos agiotas, revigorada, e com uma das maiores taxas
de desenvolvimento da América do Sul.
Para o povo
consciente e pacífico que sonha, é um pesadelo conviver com absurdos como esse
tal de superávit primário das contas
públicas, destinado ao pagamento prioritário de juros à agiotagem
internacional, sacrificando o povo naquilo que lhe é mais essencial: saúde,
educação, emprego e salário digno.
Acredito no
poder da mobilização popular pacífica, para ser o grande estopim revolucionário
que libertará a humanidade e o meio ambiente de um sistema dominante predador,
controlado por uma minoria de usurários exploradores da vida, da honra e da
dignidade humana da maioria da população do planeta.
Caso
os banqueiros percam tudo e o sistema financeiro se transforme em pó, eles ainda ficarão devendo muito à humanidade.
Está nas mãos
do povo grego o limiar de um novo tempo, como os tempos heroicos do seu passado.
Portanto, só me
resta oferecer a esse povo predestinado minhas palavras, meus melhores
sentimentos e a minha vida, se preciso for, e prestar uma homenagem ao Primeiro
Ministro George Papandreou pela hombridade de submeter diretamente ao povo a
escolha do seu destino.
Ulisses está de
volta à sua pátria, no coração de seu povo.
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