quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ULISSES E O REFERENDO POPULAR




Pela primeira vez na história, a humanidade se depara com um acontecimento inconcebível, impensável, sublime, que coloca o desprotegido calcanhar de Aquiles do famigerado sistema financeiro internacional na mira de um referendo grego.

Os banqueiros, que sempre lucraram somas espantosas, acumularam riqueza incalculável e poder acima de qualquer controle, manipulando governos, espoliando pessoas, a custa da miséria, da fome e da destruição da humanidade e do meio ambiente, estão diante do fim do seu império.

Esses vampiros que promovem guerras, para ampliar e sustentar o seu mercado, emprestando dinheiro a ambos os lados em conflito, financiando tanto a ambição de Hitler e o holocausto dos judeus, quanto o esforço de guerra dos aliados, como aconteceu na segunda grande guerra europeia, agora se vêm na beira do precipício de sua destruição, que trará ao mundo a paz, a justiça e a igualdade que ele nunca viu.

É óbvio que o lacaio mor do sistema capitalista, a imprensa patronal, vai anunciar o caos, a falência da Grécia, divulgando mitos e mentiras, antevendo mais desgraça para os desgraçados, usando o seu terrorismo para impedir o justo calote grego, como fizeram para tentar impedir o recente calote da Argentina, que renasceu soberana do seu calote benigno, livre dos agiotas, revigorada, e com uma das maiores taxas de desenvolvimento da América do Sul.

Para o povo consciente e pacífico que sonha, é um pesadelo conviver com absurdos como esse tal de superávit primário das contas públicas, destinado ao pagamento prioritário de juros à agiotagem internacional, sacrificando o povo naquilo que lhe é mais essencial: saúde, educação, emprego e salário digno.

Acredito no poder da mobilização popular pacífica, para ser o grande estopim revolucionário que libertará a humanidade e o meio ambiente de um sistema dominante predador, controlado por uma minoria de usurários exploradores da vida, da honra e da dignidade humana da maioria da população do planeta.



Caso os banqueiros percam tudo e o sistema financeiro se transforme em pó, eles ainda ficarão devendo muito à humanidade.

Está nas mãos do povo grego o limiar de um novo tempo, como os tempos heroicos do seu passado.

Portanto, só me resta oferecer a esse povo predestinado minhas palavras, meus melhores sentimentos e a minha vida, se preciso for, e prestar uma homenagem ao Primeiro Ministro George Papandreou pela hombridade de submeter diretamente ao povo a escolha do seu destino.

Ulisses está de volta à sua pátria, no coração de seu povo.






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