segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O SANTO GUERREIRO CONTRA O DRAGÃO DA MALDADE



Filtrando o império da hipocrisia, que domina a parada cívica eleitoral de 2010, nenhum candidato a Presidente da República foi capaz de explicar ao eleitor o que é que está realmente em jogo nessa disputa.

Não se trata absolutamente do duelo entre o Santo Guerreiro e o Dragão da Maldade, nem entre o competente, experiente e bem preparado político de carreira contra um fantoche desconhecida e despreparada.

Isso é muito claro, porque o povo está careca de saber que todo político velho e experiente é um rato do erário, à exceção talvez de políticos com o perfil de Plínio de Arruda Sampaio e do saudoso Ulisses Guimarães.

Sabemos que os “ficha limpa” são as ratazanas mais espertas e sorrateiras, que ainda não foram pegas em flagrante.

Ao contrário de 8 anos para cá, antigamente  não se apurava nada. As denúncias eram engavetadas. A impunidade dos graúdos era ampla, geral e irrestrita.

Mas será que existe algum crente tão inocente ao ponto de acreditar que não rolou um portentoso mensalão durante a votação do segundo mandato para FHC?  

E, diante da cultura ancestral da politicagem verde e amarela, será que existe alguém que não saiba da pontinha na conta bancária, em paraísos fiscais, desses políticos marcados pela determinação em privatizar a qualquer preço?

Sabe-se também que não se trata de uma pontinha qualquer, um mensalãozinho de segunda, e sim de uma graninha respeitável. Propina paga pelos empresários, que lucraram fortunas abocanhando empresas públicas piratizadas, graças à ação desses manjados políticos, que se empenharam tenazmente para a concretização da monumental negociata da privatização.  O povo não é bobo.

E quanto ao preparo para ser governante?  Ao contrário de 8 anos para cá, o Brasil sempre elegeu ou engoliu políticos experientes e militares bem preparados em West Point. E, com esses presidentes e ditadores bem “preparados”, o povão sempre levou ferro e os gringos ouro.

Graças à qualidade e dedicação do funcionalismo público concursado, o Estado é uma máquina que anda sozinha.  Cabe ao governante apenas decidir se vai governar para melhorar a economia; aumentar a renda nacional e distribuí-la visando tirar o pobre da miséria, ou se vai sangrar a economia; entregando o país às grandes corporações capitalistas, para concentrar renda, aumentando a fome e o desemprego.

Pois é precisamente isso que está em jogo nessa eleição presidencial: a escolha entre um modelo neoliberal elitista de governo, concentrador de renda e fomentador de arrocho salarial, fome e desemprego, ou a continuação do governo neoliberal populista de Lula, que tirou 25 milhões de brasileiros da miséria e fortaleceu a economia.

Como disse Chico Buarque, o grande brasileiro, músico e poeta, o povo já conhece e aprova a continuação de um modelo político que melhorou o país, empregando cidadãos; fortalecendo o mercado e as empresas; reduzindo a fome, a miséria e falando igual para todo o mundo. Sem precisar falar fino para os Estados Unidos e o FMI, nem falar grosso para os nossos irmãos de Cuba, Venezuela, Bolívia e Irã.

Porque, no fundo, no fundo, Santo Guerreiro mesmo o povão só acredita em São Jorge. E o Dragão da Maldade, o único que apareceu aqui por essas bandas, foi um finado oligarca baiano, parceiro e aliado de José Serra e FHC.




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