Ultimamente,
fala-se muito de corrupção. Ferve nos corações e mentes vejistas elitistas um
ódio fora de controle contra corruptos e corruptores do PT, aparentemente os
únicos gananciosos que desviam o dinheiro público para seus bolsos privados.
Assalto
ao tesouro inesgotável, que a natureza reservou ao Brasil, isso existe desde
que o primeiro invasor europeu pisou no solo brasileiro, no fim do século 15,
comecinho do século 16.
Cinco
séculos se passaram desde então, mas a forma violenta e selvagem com que esse
assalto é praticado até hoje pela elite dominante e por seus representantes no
governo, para o bem do terrorismo do capital financeiro internacional, vem se
aprimorando ao longo do tempo e ganhou esse apelido de corrupção.
No começo,
a corrupção era oculta, por baixo do pano, dissimulada e causava vergonha. Hoje
ela é aberta, acintosa, dá prestígio e acesso a corruptos e corruptores aos
grandes salões da república e da alta sociedade brasileira. Hoje ser corrupto é
ser celebridade.
O atual
ciclo da corrupção no Brasil começou em 31 de março de 1964, malfadado dia em
que os terroristas do capital financeiro internacional depuseram o último
presidente eleito legitimamente e começaram a governar o país. Inicialmente
usando os seus capachos militares e depois esses capachos civis que usam até
hoje.
Estava,
pois, inaugurada a era da corrupção aberta, ostensiva e honorável, graças à
impunidade seletiva, garantida pelas forças armadas e fortalecida pela covardia
dos generais “presidentes” torturadores. Ninguém podia falar nada, se não, desaparecia!
Esse
ambiente propício ao crime foi ardilosamente preparado para que o terrorismo do
capital financeiro internacional, sediado no Federal Reserve (FED) – o Banco
Central norte americano, que é privado e pertence aos banqueiros judeus de Wall
Street – emprestasse ao Brasil montanhas de dólares sem lastro, que o próprio
FED emite ao seu bel prazer.
Os
milicos brasileiros, funcionários do FED, investiram menos de 20% dessa dinheirama
emprestada em obras superfaturadas de infraestrutura e mais de 80% para
financiar o holocausto de patriotas valentes e esclarecidos, porque eles
resistiram ao golpe de estado e lutavam para devolver ao país o estado
democrático de direito e para impedir o calvário do povo brasileiro.
Foi nessa
época que Eliezer Batista, presidindo pela segunda vez a Companhia Vale do Rio
Doce, loteou o subsolo brasileiro e vendeu ao Japão o nosso minério a preço de
banana. O Japão, além de lhe conceder uma medalha de honra ao mérito, teve que
estocar na Austrália o minério roubado do Brasil, por falta de espaço físico em
seu território. Com a impunidade assegurada pelos canhões militares, Eliezer
pode guardar a sua propina em paraísos fiscais e depois transferi-la para o seu
filho Eike.
Com o fim
da fase militar da ditadura do capital financeiro, a imprensa patronal
substituiu as forças armadas na tarefa de blindar a roubalheira da elite
dominante e de seus representantes no governo. A missão então passou a ser a de
dopar e alienar a população com propaganda massiva, concebida para esconder a
verdade e divulgar imbecilidades.
Para
isso, muito dinheiro público, e depois de dizimistas também, foi desviado para
transformar um jornaleco asqueroso e pré falido - semelhante a uma abóbora
apodrecendo no quintal de Cinderela - numa fantástica e imensa carruagem de
fogo contra os brasileiros, chamada de Organizações Globo, ou Rede Record, ou
Rede Bandeirantes, ou Sistema Brasileiro de Televisão e satélites inexpressivos
da mídia patronal marrom, impressa e digital.
No começo
da década de 1980, os países devedores da dívida contraída junto a bancos
privados internacionais, controlados pelo FED, entraram numa crise
catastrófica, depois que os bancos elevaram unilateralmente as taxas de juros
de 5% ao ano, para mais de 20%. Crise da
mesma natureza que hoje asfixia a Grécia, a Espanha, a França, a Itália e
Portugal, só para citar os casos mais graves.
Por causa
dessa crise, o Brasil ficou mais de seis anos sem pagar as parcelas mensais da
dívida e não foi instado a fazê-lo pelos credores, aparentemente saciados de
tanto abuso e, com isso, obteve o direito à ratificar nas cortes internacionais
a prescrição da totalidade de sua dívida externa com os bancos privados
internacionais, como fez o Equador. Isso de acordo com as cláusulas contratuais
e com as normas legais que regiam os respectivos contratos de empréstimo.
A prescrição da dívida externa seria um
alívio para o Brasil, se Fernando Henrique Cardoso não tivesse proposto e
negociado com os banqueiros do FED um artifício diabólico, baseado em renúncia
do direito à prescrição e renúncia da soberania brasileira, para ressuscitar e
atualizar a dívida prescrita.
Não
satisfeito, Fernando Henrique Cardoso cria e sanciona a Lei de Responsabilidade
Fiscal, que entre outras coisas aparentemente legítimas, obriga o governo
brasileiro a estabelecer e cumprir metas de superávit primário em suas contas
públicas, impondo o governante a destinar prioritariamente o valor desse
superávit ao pagamento das parcelas mensais da dívida, em detrimento de
qualquer investimento social, por mais urgente e prioritário que seja, sob pena
do governante incorrer em crime de responsabilidade.
Atualmente,
o Brasil paga aos banqueiros privados internacionais mais de 2 bilhões e 500
milhões de reais DIÁRIOS dessa dívida fraudada, valor que certamente é dividido
meio a meio entre os banqueiros que recebem e um Fundo bilionário, pertencente
ao governante que ressuscitou a dívida e pagou juros e parcelas dessa dívida
morta, durante os seus dois mandatos de Presidente da República e aos governantes
do PT que continuam pagando. É tanto dinheiro que abastece esse fundão, que a
somatória do valor de todos os mensalões da ARENA, do PT, do PSDB e do DEM
corresponde a um pequeno grão de areia, no meio de um deserto sem fim.
Devassada
por todo tipo de ação investigativa contra ela pela famigerada mídia patronal,
crime algum foi apurado contra Dilma Rousseff e só restam os fatos de que ela
sempre foi valente, honesta, coerente e brilhante; que arriscou a vida, foi
perseguida, presa e torturada pelos milicos, por se insurgir contra o golpe de
estado, lutando para devolver ao Brasil o estado democrático de direito e
livrar o povo da miséria. Ela foi vencida nessa luta desigual, mas voltou como Presidenta
da República, eleita pelo voto direto, livre e democrático, para tirar da
miséria milhões e milhões de brasileiros, homens, mulheres e crianças,
vitimados pela política econômica do neoliberalismo elitista.
Esse atual clamor popular, orquestrado pelas elites dominantes, de “Fora, Dilma e leve o
PT com você”, nos lembra o episódio bíblico, de quando Pilatos exibiu dois
condenados ao povo ensandecido, pedindo que ele escolhesse um deles para ser
anistiado da crucificação. O povo robotizado salva Aécio Mudança Barrabás e
crucifica Dilma Corrupta Salvadora.
Passados
mais de dois mil anos desse episódio, o povo alienado é lembrado pela sua
babaquice, Aécio Mudança Barrabás completamente esquecido, deixado para trás, e
Dilma Salvadora Crucificada, reconhecida e aclamada como a Redentora da
humanidade.
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