sábado, 19 de outubro de 2013

Os canhões da plutocracia.





Leio nos jornais baianos que Dilma convoca o exército para garantir o leilão da bacia de Libra e que a médica suspeita de matar irmãos vai para a prisão. Não parece, mas há muita coisa parecida nessas duas notícias da imprensa patronal. O que esses jornais não publicam é a razão de tanto empenho e força, para entregar a estrangeiros a única riqueza que ainda resta intacta no nosso país espoliado.

Desde a ditadura militar, os ociosos navaronianos canhões das forças armadas brasileiras só são usados para assassinar, ou ameaçar quem luta pela democracia, pela soberania do Brasil e, principalmente, para viabilizar a corrupção de estado, garantindo a impunidade dos corruptos abastados.

Mas tudo isso é muito claro e é muito obvio. A plutocracia é o governo dos mais ricos, pelos mais ricos e para os mais ricos. Assim, o governante brasileiro que era duro, fica rico e precisa ficar rico, muito rico, novo rico, de uma hora para a outra, graças ao fato de ser incluído na folha de pagamentos dos banqueiros do Federal Reserve e não exatamente porque tem a chave do cofre do Tesouro Nacional e liberdade para vender voto e fraudar licitação. Dinheiro do Tesouro Nacional e a propina de compradores de voto parlamentar e de sentenças do judiciário são fichinha diante da mega corrupção da dívida pública.

Essa propinaça do Federal Reserve é vitalícia para Fernando Henrique Cardoso e seus pajens do DEM, PSDB, PT e associados. E é automática para todos os seus empregados escolhidos para ser o presidente do Brasil. Claro, FHC fez um acordo que ressuscitou uma dívida milionária prescrita, que os banqueiros não esperavam mais receber.  Então eles criaram um grande fundo de pensão, que paga os salários milionários de seus empregados brasileiros, vendedores da pátria.

E por que essa pressa e angústia tamanhas em entregar a estrangeiros 70 % da bacia de Libra, a maior reserva de petróleo do hemisfério sul? Porque o governo gastou muito e não tem dinheiro para cumprir este ano a meta do superávit primário, pois é desse dinheiro que os banqueiros do Federal Reserve pagam os super salários da máfia governamental brasileira.

E tome-lhe velhos canhões em cima dos novos patriotas ativos, desarmados, bem informados e conscientes. Esses brasileiros que querem acreditar como os veteranos da grande batalha de “O  petróleo é nosso”. 

Afinal, vivemos e morremos, sim, numa plutocracia. Democracia no Brasil é figura de retórica eleitoreira, para cooptar idiotas e emocionar os leitores da revista Veja, como a médica que assassinou o casal de irmãos.

Essa classe média que ganha altos salários, ou bons honorários, pensa que é rica como os ricos de verdade, mas não é. Quem estoura o cartão de crédito, atrasa a prestação da casa e do carro e fica espalhando sandices nas redes sociais, para manter padrões suntuosos de consumo, não é rico. A impunidade é só para os ricos de verdade.

A médica de nariz empinado pensou que podia levar ao extremo a sua raiva, matando motoqueiros, socialmente inferiores, e se deu mal. Seu advogado pede clemência, alegando que a família da médica foi destruída, como de fato foi destruída. Mas quem destruiu a família da medica? Foi ela mesma e também foi ela mesma quem destruiu a família dos irmãos assassinados. A plutocracia só protege os ricos de verdade, os muito ricos.


Fernandinho Beira Mar também se deu mal. Mas tanto Fernandinho Beira Mar, quanto a médica baiana, em matéria de moral, ética, civismo e patriotismo estão mil anos à rente dos nossos governantes. O resto é apenas um leilão de pré sal e alguns canhões. 





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