O fato é que desde sempre a podridão
ronda as entranhas do Vaticano e de lá se irradia para todas as igrejas,
mesquitas, sinagogas, templos e terreiros do mundo inteiro. A Historia e Martinho
Lutero já sabiam.
O simpático Papa Francisco delatou, para
os gorilas golpistas da Argentina, os sacerdotes praticantes da Teologia da
Libertação, que se uniram aos heróis da legalidade. O papa colaborou com os
covardes ditadores assassinos, que torturaram, mataram e deportaram ativistas
em luta pela democracia, por justiça social e pela igualdade entre os homens.
Depois de recuperado o estado democrático
de direito na Argentina, o Papa Francisco abandonou o silêncio obsequioso que
manteve durante a ditadura, para atacar o governo, protestando contra as
medidas de combate ao monopólio rural do agro negócio. O Papa Francisco defende o rico patronato
rural, concentrador de renda, diante dos esforços do governo democrático
argentino para livrar o país da desigualdade social, da pobreza e do atraso de
uma velha política econômica colonial. Certamente a posição do Papa Francisco
tem lhe rendido aplausos e apoio do sistema financeiro internacional, que
controla as grandes e pequenas economias capitalistas globais.
A igreja católica teve com João 23 e João
Paulo Primeiro duas chances claras de banir a sua sujeira, mas escolheu
continuar na lama. Nunca mais haverá papas como eles, nem sacerdotes como D.
Helder Câmara, D. Paulo Evaristo Arns, D. Pedro Casaldáliga, padre Renzo e outros
dessa estirpe, atirados à masmorra, à vala comum, ou ao esquecimento, porque
fizeram a opção preferencial pelos pobres. E porque o fizeram pra valer.
A
missão do novo papa não é investigar e combater, mas abafar os escândalos
financeiros do banco Ambrosiano e o sexo repugnante, em todos os escalões de
sua igreja. A CIA recomenda ao novo Papa que a densa cortina de fumaça sobre a
corrupção da igreja seja costurada com discursos populistas e enfeitadas com
imagens de simplicidade e declarações de amor aos pobres.
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