Um elegante diretor da Rede Globo, durante um suntuoso jantar, acertou com o elegante presidente da CBF, o aristocrático Ricardo “Havelange” Teixeira, uma entrevista exclusiva com o nada elegante Dunga e mais um naipe de jogadores elegantes. Essa foi a grande burguesada da copa.
E lá se foram para a concentração brasileira a elegante Fátima “Bonner” Bernardes, o aprendiz de elegante “Pablo” Escobar e uma parafernália de jornalistas, produtores, microfones, antenas, fios, cabos, cenários, refletores, patrocinadores, técnicos, supervisores, encarregados e alguns operários locais de pegar no pesado, socadinhos em diversas vans, automóveis, caminhões, carretas e uma moderna e avantajada unidade móvel de transmissão via satélite: uma verdadeira procissão de veículos e devotos.
Toda essa salada de gente e equipamento foi barrada na porta da concentração por um simples segurança de elásticas dimensões, mas apenas munido de um aparelho rádio transmissor, usado para se comunicar com Dunga, pois na relação de eventos previstos para aquele dia não constava a tal de entrevista exclusiva.
O mal humorado Dunga fez questão de resolver a questão pessoalmente, deslocou-se até a portaria e disse simplesmente um seco e sonoro NÃO!
- Na minha gestão não existe entrevista exclusiva. Só entrevista coletiva, completou.
- Mas essa entrevista foi previamente acertada para hoje, neste horário, pelo gentil Ricardo, a pedido de um elegante diretor da Rede Globo, ponderou a senhora Fátima.
- Pois então peça para que o gentil presidente da CBF venha aqui autorizar a entrevista exclusiva, para eu entregar o meu cargo, na mesma hora, retrucou o antipático Dunga.
Claro que mais nenhum gentil homem apareceu em cena, ficando o dito por não dito, e os assalariados da Rede Globo, com todas as suas tralhas, deram meia volta, volver.
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