Para viver com suas oportunidades e privilégios, os ricos precisam do trabalho escravo e sempre tiveram escravos. Até a idade média, eles tinham escravos e os alimentavam. Após a revolução industrial, com o aperfeiçoamento do sistema capitalista, os ricos necessitam de mais escravos, mas os deixa morrer de fome.
Até a idade média, o Estado pertencia à rica monarquia. “L’Etat ces’t moi!”, repetia Luiz 14. Depois, a rica burguesia tomou o Estado da aristocracia decadente, com as ruidosas e sangrentas revoluções burguesas dos séculos 17 e 18, na Inglaterra, na França e na América do Norte, usando o povo como bucha de canhão. Com o silencioso, sorrateiro e covarde golpe de estado americano de 1963, que culminou com a morte do presidente Kennedy, as grandes corporações capitalistas tomaram o Estado das mãos da burguesia decadente e o imperialismo capitalista ficou ainda mais selvagem, no mundo inteiro. “We are the State!” sabem os grandes bilionários da atualidade e convidam a burguesia para o seu banquete, onde se sacrifica a maioria da população do mundo e o meio ambiente.
A nossa opção por dedicar o nosso trabalho para acordar os oprimidos de sua letargia, debatendo com eles a maneira pela qual a maioria pobre é usada e explorada pela minoria rica e dominante, buscando uma maneira de uni-los, para a construção pacífica de um novo pacto social, verdadeiramente justo e democrático, em lugar de dedicar nosso tempo à busca frenética do sucesso e do dinheiro, em princípio, é vista pelos nossos amigos como um romântico arroubo passageiro da juventude, e depois como loucura mesmo. Mas estamos na área!
Nosso trabalho no Grampo não segue o modelo tradicional de uma banda de entretenimento. Temos compromisso com a nossa família e com a família de todos os trabalhadores que perderam a estabilidade no emprego e com isso perderam também a condição de poder planejar e construir o seu futuro com segurança e tranqüilidade, para que os ricos possam multiplicar a sua fortuna, em menos tempo. Também temos compromisso com os desempregados e com todas as pessoas, desassistidas e desesperadas, que nunca tiveram a chance de ter escolha. Em suma, temos compromisso com todas as vítimas do terrorismo do capital e com uma revolução democrática pacífica, para a construção de um novo pacto social, que assegure a todos o direito de viver dignamente e de poder sonhar. E o sonho de um novo pacto social, justo, inclusivo, democrático, a ser feito contra a vontade dos maiores arsenais atômicos de armas de destruição em massa do planeta e a despeito do mau humor de sua imprensa patronal, já está sendo realizado pelo voto popular na Venezuela, Bolívia e Equador.
Nossa postura desagrada a muita gente e isso poderia ser prejudicial à nossa carreira de músicos, caso não estivéssemos construindo um trabalho, cuja qualidade e alcance interessa, e muito, ao povo e, consequentemente, à industria fonográfica. Nosso trabalho é sólido, consistente e durável. Só precisamos ter garra, atitude e qualidade suficiente, para seguir o nosso caminho de sucesso.
Jesus também fez essa opção pelos pobres. Nasceu pobre, viveu entre eles e os poderosos da época, iludindo o povo, crucificaram Jesus. Mas nós não somos Jesus. Apenas seguimos o caminho de Jesus, ao modo do pastor Silas Malafaia, denunciando e combatendo, fraternalmente, com a nossa atitude e a nossa música, a todos que trapaceiam para iludir a boa fé de quem só tem a Deus a quem recorrer e em quem confiar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário